(Kashaku Hobo Metsuzai Sho, págs.1125 a 1132)
Li sua carta cuidadosamente. No passado também, quando fui exilado na província de Izu por causa do Sutra de Lótus, realmente alegrei-me, embora suponha que quando diga isso as pessoas pensem que não esteja sendo modesto.
Se, desde o passado sem começo, eu tivesse alguma vez sido acusado por causa do Sutra de Lótus, e se eu fosse ou não sinceramente devotado a ele, teria então nascido nesta existência como um mero mortal comum ? (Portanto, quando fui condenado ao exílio) apesar de ter-me sentido abatido por um instante, ao ver que isso era em prol do Sutra de Lótus fiquei também muito contente, pois pensei que poderia desse modo erradicar até certo grau os pecados de minhas existências passadas. Contudo, as várias ofensas graves representadas pelos dez atos maléficos, as quatro ofensas maiores, as seis ofensas maiores, as oito ofensas maiores, as dez ofensas maiores, os cinco pecados que condenam ao inferno de incessante sofrimento, a calúnia à Verdadeira Lei e o pecado da descrença incorrigível, acumulados desde o passado sem começo, devem ser muito maiores do que montanhas enormes e mais profundos do que o grande mar.
Em se tratando dos cinco pecados capitais, o cometimento de mesmo um deles condenará a pessoa ao inferno de incessante sofrimento pelo espaço de um kalpa inteiro. Um kalpa é a extensão de tempo que se gasta para o período de duração da vida dos seres humanos descrever de oitenta mil para dez mil, diminuindo a um razão de um ano a cada cem, para então aumentar novamente até atingir oitenta mil anos na mesma proporção. Aquele que mata seus pais cairá no inferno de incessante sofrimento e padecerá suas dores terríveis sem um momento de descanso durante esse período de tempo.
Quanto à pessoa que calunia o Sutra de Lótus, apesar de na realidade não ser sincera, se manifestar um aspecto de animosidade ou se fizer pouco caso não do sutra em si, mas daqueles que agem em nome deste, cairá no inferno de incessante sofrimento por incontáveis kalpas do tipo descrito acima.
As pessoas que atormentaram e bateram no bodhisattva Fukyo comportaram-se a princípio com essa hostilidade, embora mais tarde tenham abraçado a fé e se tornado seguidoras do Sutra de Lótus, admirando Fukyo e tratando-o com grande respeito, prestando-lhe honras iguais às que as divindades celestiais ofereciam a Taishaku, e reverenciando-o como o fazemos ao sol e à lua. Contudo, não conseguiram extinguir a grande ofensa da primeira calúnia, de modo que foram condenadas ao inferno Aviti por mil kalpas, e durante vinte bilhões de kalpas foram abandonadas pelos três tesouros.
Se se comparar (a retribuição) aos cinco pecados capitais e a calúnia à Lei com uma doença, então os cinco pecados capitais seriam como a insolação, que ataca subitamente. A calúnia à Lei, por outro lado, é como a lepra, que não parece tão grave no começo, mas pouco a pouco torna-se, de fato, séria. As pessoas que cometem a calúnia à Lei, renascem, em sua maioria, no inferno de incessante sofrimento ou, em alguns casos, nos seis caminhos inferiores. Se renascerem no mundo dos seres humanos, então, diz o sutra, sofrerão por causa da pobreza, de baixa posição social, de lepra, e etc.
Quando eu, Nitiren, ergo o claro espelho do Sutra de Lótus diante de minha própria pessoa, tudo é limpidamente revelado, e não pode haver dúvida alguma de que, em minhas existências prévias, fui culpado de caluniar a Lei. Se em minha presente existência eu não eliminar essa ofensa, então como posso escapar das dores do inferno no futuro ?
Como poderia juntar as graves ofensas que acumulei era após era desde o remoto passado distante e erradicá-las todas em minhas existência presente, para que possa ser poupado de grandes dores no futuro ? Quando ponderei sobre esta questão, ocorreu-me que agora, na época presente (dos Últimos Dias da Lei), caluniadores da Lei preencherão todas as províncias da nação. E o que é pior, o soberano da nação é ele próprio o principal perpetrador dessa calúnia. Se num tempo assim, eu não eliminar esses pesados pecados, então quando poderei fazê-lo ?
Ora, se eu, Nitiren, pessoa insignificante que sou, andasse de um lado para outro por todo o Japão denunciando esses caluniadores, então inumeráveis pessoas das quatro categorias de budistas que seguem doutrinas errôneas juntariam num instante suas imensuráveis vozes para insultarem-me. Nessa ocasião, o soberano da nação, aliando-se aos monges que caluniam a Lei, passaria a me odiar e tentaria me decapitar ou ordenaria o meu exílio. E se esse tipo de acontecimento viesse a ocorrer repetidas vezes, então, as ofensas graves que acumulei ao longo de incontáveis kalpas poderiam ser extirpadas no espaço de uma simples existência. Esse, então, foi o grande plano que concebi; e agora ele está prosseguindo sem o menor desvio. Dessa forma, quando me vejo, portanto, sentenciado ao exílio, só posso sentir que meus desejos estão sendo realizados.
No entanto, sendo um mero mortal comum, algumas vezes inclinei-me a arrepender-me de ter iniciado esse caminho. E se até mesmo eu sou assaltado por esses sentimentos, então isso deve ser ainda mais verdadeiro no caso de uma mulher como a sua, que desconhece totalmente as circunstâncias que cercam o assunto ! Pessoas como o senhor e ela não compreendem plenamente os ensinos budistas, e me aflige pensar o quanto devem ter se arrependido por terem um dia escolhido seguir Nitiren. E, contudo, ao contrário do que se poderia esperar, sobue que vocês dois estão ainda mais firmes e dedicados em sua fé do que eu próprio, o que não é, de maneira alguma, um fato comum ! Imagino se o próprio Sakyamuni, o senhor dos ensinos, não teria penentrado em seus corações, e isto me emociona a ponto de eu mal conseguir conter minhas lágrimas.
O Grande Mestre Miao-lo diz em seu comentário (Hokke Mongu Ki, sete): “Portanto, sabemos que se nos últimos dias uma pessoa conseguir ouvir a Lei ainda que brevemente e se, ao ouví-la, despertar fé nessa Lei, isso acontecerá por causa das sementes plantadas em uma existência anterior”. E ele também diz (Makashikan Bugyoden Guketsu, dois): “Tendo nascido no final dos Médios Dias da Lei, pude observar essas verdadeiras palavras do sutra. A menos que se tenha plantado as sementes da causalidade em uma existência anterior, então é realmente difícil encontrar essa oportunidade”.
Durante os primeiros quarenta anos ou mais de sua vida de ensinamento, Sakyamuni manteve secretos os cinco caracteres do Myoho-rengue-kyo. Não apenas isso, também permaneceu silencioso com relação a eles quando pregou os primeiros catorze capítulos do Sutra de Lótus, os quais compreendem o ensino teórico. Foi somente no capítulo Juryo que ele falou abertamente sobre os dois caracteres rengue, que (representam os cinco caracteres Myoho-rengue-kyo) e indicam o Verdadeiro Efeito e a Verdadeira Causa. O Buda não confiou esses cinco caracteres a Monju, Fuguen, Miroku, Yakuo e os outros de seu grupo. Ao invés disso, convocou os bodhisattvas Jogyo, Muhenyo, Jyogyo e Anryugyo e seus seguidores da Grande Terra da Luz Tranquila e transferiu-lhe os cinco caracteres.
O que sucedeu então não foi nenhuma cerimônia comum. O Tathagatta Taho, que vive no mundo da Pureza do Tesouro, fez sua aparição, sentado em uma torre que emergiu da terra e era adornada com sete tipos de gemas. O Buda Sakyamuni purificou quatrocentos bilhões de mundos nayuta além deste grande sistema de mundos, plantou neles fileiras de árvores preciosas de quinhentos yojana de altura com a distância entre si de uma flechada, colocou um trono de leão de cinco yojana de altura debaixo de cada árvore preciosa, e assentou nesses tronos todos os budas das dez direções, que eram suas emanações.
Depois disso, o buda Sakyamuni removeu seu manto empoeirado, abriu a Torre de Tesouro, e sentou-se ao lado do Tathagatta Taho. Foi como se o Sol e Lua surgissem lado a lado no céu azul, ou como se Taishaku e o Rei Nascido da Coroa da Cabeça se sentassem juntos no Salão da Lei Benéfica. Monju e os outros bodhisattvas deste mundo, bem como Kannon e os bodhisattvas dos outros mundos, reuniram-se no espaço aberto por todas as dez direções como muitas estrelas que preenchem o céu.
Nessa oportunidade, estavam reunidos nesse lugar os grandes bodhisattvas como Sabedoria do Dharma, Floresta de Méritos, Bandeira de Diamante, Repositório de Diamante e outros, em número igual ao das partículas de poeira dos mundos das dez direções, que se reuniram nos sete locais e oito assembléias do Sutra Kegon e eram discípulos do Buda Vairochona, que se senta sobre o pedestal de lótus dos mundos das dez direções. Budas e bodhisattvas que haviam se congregado como nuvens na Grande Câmara do Tesouro quando os sutras Hodo foram pregados: “Subhuti, Taishaku e os mil budas que haviam se reunido para ouvir os sutras Hannya; os quatro budas e quatro bodhisattvas, pertencentes aos nove honrados sobre os lótus de oito pétalas, que aparecem no Sutra Dainiti; os trinta e sete honrados do Sutra Kongotyo; e os budas e bodhisattvas dos mundos das dez direções que se juntaram na cidade de Kushinagara para ouvir o Sutra do Nirvana. Todas essas figuras foram reconhecidas por Monju, Miroku e os outros de seu grupo, que conversaram com eles, de modo que parecia que os grandes bodhisattvas Monju e Miroku estavam bastante acostumados a sua presença.
Porém, após aqueles quatro bodhisattvas que emergiram da terra terem feito seu advento, o bodhisattva Monjushiri, cujo ensino o buda Sakyamuni foi o nono a herdar, e que é a mãe dos budas das três existências, bem como o Bodhisattva Miroku, que sucederá o buda Sakyamuni após o seu próximo renascimento – quanto estes dois, Monju e Miroku, ficaram ao lado desses quatro bodhisattvas, pareciam não ter qualquer importância. Eram como humildes lenhadores mesclando-se à companhia de nobres senhores, ou como macacos e chimpanzés sentando-se ao lado de leões.
Sakyamuni convocou os quatro bodhisattvas e confiou-lhes os cinco caracteres do Myoho-rengue-kyo. E essa transmissão também não foi nenhum fato comum, pois o Buda primeiro manifestou dez poderes místicos. Quando Sakyamuni estendeu sua longa e ampla língua para cima até o limite do mundo da forma, todos os outros budas fizeram o mesmo, de modo que suas línguas estenderam-se no ar acima dos quatro bilhões de mundos nayuta assim como cem, mil, dez mil, cem mil arco-íris preenchendo o céu. Deveras maravilhoso foi o espetáculo !
Dessa maneira, o Buda exibiu os prodígios de seus dez poderes místicos, e, naquilo que é denominado transferência da essência, ele extraiu o amâgo e a essência do Sutra de Lótus e transmitiu-os aos quatro bodhisattvas. Ele ordenou-lhes fervorosamente que a concedessem, após sua morte, a todos os seres das dez direções. Depois disso, manifestou ainda outro poder místico e confiou este sutra, o Lótus, e os demais ensinos sagrados ensinados durante sua existência, a Monju e os outros bodhisattvas deste e de outros mundos, às pessoas dos dois veículos, e aos seres humanos e celestiais, divindades dragões e outros.
Esses cinco caracteres, Myoho-rengue-kyo, não foram transmitidos nem a Mahakahsyapa, Shariputra ou os outros discípulos, embora esses homens tivessem, desde o início, acompanhado o Buda tão proximamente como uma sombra segue o corpo. Contudo, mesmo deixando isso de lado, porque o Buda se recusou a confiá-los a bodhisattvas como Monju e Miroku ? Apesar de carecerem de capacidade, parecia improvável que ele os rejeitasse. Há na verdade muitos aspectos enigmáticos acerca dessa questão.
Porém, o fato foi que os bodhisattvas dos outros mundos não foram aceitos porque a ligação deles com este mundo era pequena ou, em outros casos, apesar de os bodhisattvas serem deste mundo saha, só haviam estabelecido ligações recentemente; ou, em ainda muitos casos, alguns foram recusados porque, embora fossem discípulos do Buda, não se encontravam entre os seus discípulos quando ele despertou pela primeira vez a aspiração à iluminação (num remoto passado). Desse modo, entre aqueles que haviam sido seus discípulos durante os quarenta anos ou mais que precederam à pregação do Sutra de Lótus, ou durante à pregação do ensino teórico, os catore primeiros capítulos do Sutra de Lótus, não havia nenhum que pudesse ser denominado um discípulo original. Observamos a partir do sutra que apenas esses quatro bodhisattvas tinham sido discípulos de Sakyamuni, o senhor dos ensinos, desde o remoto passado de gohyaku-jintengo; desde a época em que ele despertou pela primeira vez à iluminação, eles não haviam seguido nenhum outro Buda nem requerido a instrução dos ensinos teóricos e essencial.
Assim, Tientai diz: “(A grande assembléia) testemunhou os bodhisattvas da Terra somente fazendo esse juramento”. E ele também afirma: “Esses são meus (de Sakyamuni) discípulos destinados a propagar minha Lei”. Miao-lo declara: “Os filhos disseminarão a Lei do pai”. E Tao-hsien diz: “Pelo fato da Lei ser aquela percebida pelo Buda no remoto passado, foi transferida para aqueles que foram seus discípulos naquele tempo distante”. Desta forma, estes cinco caracteres do Myoho-rengue-kyo foram confiados a esses quatro bodhisattvas.
No entanto, após o falecimento do Buda, durante os mil anos dos Primeiros Dias da Lei, os mil anos dos Médios Dias da Lei e os duzentos e vinte anos ou mais que decorreram desde o início dos Últimos Dias da Lei, em nenhum lugar da China, Japão ou em qualquer outro lugar do mundo inteiro esses quatro bodhisattvas não fizeram nem mesmo uma única vez o seu advento. Por que?
Embora os ensinos do Myoho-rengue-kyo não tenham sido especificamente confiados ao bodhisattva Monjushiri, ele permaneceu neste mundo por quatrocentos e cinquenta anos após o falecimento do Buda para propagar os sutras Mahayana, e mesmo em época subsequentes descia de vem em quando da Montanha Perfumada ou da Montanha Clara e Fria assumindo a forma de um monge eminente com a finaliade de disceminar os ensinos budistas. O bodhisattva Yakuo tomou a forma do grande mestre Tientai, (o bodhisattva) Kanzeon tornou-se o grande mestre Nan-yueh, e o bodhisattva Miroku tornou-se Fu Tashih. Além disso, os discípulos Mahakashyapa e Ananda empenharam-se para propagar os ensinos do Buda após a sua morte durante vinte e quarenta anos, respectivamente. E, no entanto, em todo este tempo, os herdeiros legítimos do Buda, a quem haviam sido confiados os ensinos do Myoho-rengue-kyo, deixaram de fazer sua aparição.
Durante este período de mais de duzentos anos, soberanos dignos e soberanos sábios prestaram honras às imagens pintadas ou de madeira de Sakyamuni, o senhor dos ensinos, como seu principal objeto de adoração. Porém, apesar de terem feito retratos dos Budas dos ensinos Hinayana e Mahayana; dos sutras Kegon, Nirvana e Kammuryoju; do ensino teórico do Sutra de Lótus e do sutra Fuguen; do Buda do sutra Dainiti e de outros sutras Shingon; e dos budas Sakyamuni e Taho do capítulo Hoto, o Sakyamuni do capítulo Juryo jamais foi representado em templo algum ou monastério de montanha em nenhum lugar. É muito difícil compreender o porquê disso.
O Buda Sakyamuni fez referência específica ao quinto período de quinhentos anos e nunca designou os dois anos dos Primeiros e Médios Dias da Lei como o tempo para a propagação do Sutra de Lótus. O Grande Mestre Tientai disse: “Os Primeiros e Médios Dias da Lei estão quase encerrados, e os Últimos Dias estão próximos”. Desse modo, ele próprio julgou que o final dos Médios Dias da Lei não era ainda o tempo para a propagação do Sutra de Lótus.
Devemos supor, então, que os incontáveis grandes bodhisattvas que emergiram da terra pretendem permanecer em silêncio e imóveis e quebrar a promessa que fizeram quando os ensinos foram confiados a eles por Sakyamuni, Taho e os outros budas das dez direções ?
Entretanto, mesmo os homens dignos descritos nas escrituras não-budistas sabem que se deve aguardar a época. O cuco sempre espera até o quarto ou quinto mês para entoar sua canção. Similarmente, lemos no sutra que esses grandes bodhisattvas devem, do mesmo modo, esperar até os Últimos Dias da Lei para aparecer.
Por que digo isso ? Tanto as escrituras internas como as externas deixam claro que, antes de um certo acontecimento predestinado de fato ocorrer, presságios sempre surgirão. Assim, quando a aranha tece a teia, isso significa que algum acontecimento feliz sucederá, e quando a pega chama, indica que um visitante chegará. Se até esses eventos menores têm seus presságios, o que dizer então das ocorrências maiores ? Dessa forma, os seis acontecimentos auspiciosos descritos no capítulo Jo do Sutra de Lótus são grandes presságios, excedendo em magnitude quaisquer outros sinais maiores que tenham aparecido durante toda a vida do buda Sakyamuni. E os grandes prenúncios descritos no capítulo Yujutsu são imensuravelmente maiores em magnitude do que esses.
Portanto, Tientai afirma: “Observando a fúria da chuva, podemos dizer a grandeza do dragão que a causou, e examinando o desabrochar das flores de lótus, podemos dizer a profundidade do lago onde elas crescem”. E Miao-lo declara: “Homens conseguem ver presságios e o que estes predizem, assim como as cobras conhecem o caminho das cobras”.
Agora eu, também, ao discernir o significado dos presságios, devo ter uma parte do poder dos sábios. O grande terremoto que irrompeu no primeiro ano da era Shoka (1257), no dia 23 de agosto de 1264, (quando o marcador reverso se encontrava no setor do céu com o signo cíclico de hinoene), no dia 4 de julho – esses são importantes augúrios como jamais ocorreram antes, durante os dois mil e duzentos anos ou mais desde a morte do Buda. Imagino se não são fortes sinais indicando que aqueles grandes bodhisattvas estão agora para fazer seu advento neste mundo responsabilizando-se pela Grande Lei.
Ondas de três metros de altura não se levantam em uma poça de trinta centímetros de extensão, e o zurro de um jumento não consegue fazer os ventos soprarem. Embora o governo do Japão hoje esteja em caos e o povo grite de angústia, essas condições apenas dificilmente poderiam causar o surgimento desses importantes presságios. Quem poderá duvidar que esses não sejam grandes sinais predizendo que, apesar de o Sutra de Lótus ter perecido, na realidade é eterno.
Durante os mais de dois mil anos (desde a morte do Buda), houve governantes maus que foram amaldiçoados por seus súditos e pessoas traiçoeiras que foram odiadas por todos.
Mas Nitiren, embora não seja culpado de crime algum, durante os mais de vinte anos passados foi amaldiçoado e insultado, atacado com espadas e bastões e apedrejado com rochas e telhas, tanto pelas pessoas de alta como de baixa posição. Este não é um acontecimento comum !
O meu caso é tal como o do Bodhisattva Fukyo, que perto do fim da Lei do Buda Ionno foi amaldiçoado e insultado por um período de muitos anos. Além disso, o Buda Sakyamuni citou o exemplo desse bodhisattva e predisse que, nos Últimos Dias da Lei, após a sua morte, os fatos se desenrolariam da mesma maneira que na época de Fukyo. E, no entanto, nem aqui perto do Japão nem na muito distante terra da China jamaias se teve conhecimento de que algo assim tenha ocorrido em prol do Sutra de Lótus.
Por me odiarem, as pessoas não mencionam o significado do meu sofrimento. Se eu o mencionar, poderá parecer bajulação própria. Se deixar de citá-lo, entretanto, cometerei a ofensa de negar as palavras do Buda. Falo sobre isso porqe o procedimento de um homem de valor é dar pouca importância à própria vida e valorizar a Lei.
Eu, Nitiren, assemelho-me ao bodhisattva Fukyo. Se o soberano de uma nação ou um súdito matam seus pais, embora esses assassinos sejam de posições sociais muito diferentes, ambos cairão no inferno de incessante sofrimento porque seus crimes são idênticos.
Da mesma forma, apesar de o bodhisattva Fukyo e eu nos encontrarmos em níveis diferentes, efetuamos a mesma ação. Portanto, se o bodhisattva Fukyo está destinado a atingir o estado de Buda, pode haver qualquer dúvida de que obterei também o fruto do estado de Buda ?
O bodhisattva Fukyo foi amaldiçoado pelos monges arrogantes que observaram todos os duzentos e cinquenta preceitos. Eu, Nitiren, sou caluniado e insultado por Ryokan, que é conhecido como o mais notável observador dos preceitos. Os monges que ultrajaram Fukyo, embora posteriormente tenham vindo a seguí-lo, ainda tiveram de sofrer no inferno Aviti por mil kalpas. Mas Ryokan ainda tem de buscar meus ensinos. Por isso, não conheço (toda a gravidade de sua ofensa). Ele pode estar destinado a sofrer no inferno por incontáveis kalpas. Lamentável ! Lamentável !
Pergunta: Com respeito ao grande terremoto acontecido na era Shoka, o senhor afirmou em seu ensaio admonitório, o Rissho Ankoku Ron, confiado em 16 de julho de 1260 para que o apresentasse a Sua Excelência, o falecido sacerdote leigo de Saimyo-ji, o senhor afirmou sua opinião de que o céu e a terra ficariam furiosos porque o povo do Japão estava destruindo o budismo por causa de sua crença no Sentyaku-shu, de Honen, e que esse erro causaria rebeliões no país e invasão de países estrangeiros. Mas agora o senhor diz que o terremoto foi um presságio auspicioso da propagação do Sutra de Lótus. Como o senhor explica a discrepância entre essas duas opiniões ?
Resposta: Essa é uma boa pergunta. O quarto volume do Sutra de Lótus diz: “Uma vez que o ódio e a inveja com relação a este sutra são abundantes mesmo durante a existência do Buda, como serão piores então no mundo após a sua morte!” E no sétimo volume, referindo-se ao tempo ‘após a sua morte!’. E no sétimo volume, referindo-se ao tempo ‘após a sua morte’ quando as coisas serão ‘muito piores’, o Buda diz: “No quinto período de quinhentos anos após a minha morte, declare e propague amplamente (o Sutra de Lótus)”. Assim, vemos que o ódio em profusão após a morte do Buda acontecerá no quinto período de quinhentos anos, quando o Myoho-rengue-kyo propagar-se-á. E imediatamente após a passage acima, o Buda adverte sobre os perigos do ‘demônio, as pessoas do demônio, ou as divindades, dragões, yakshas e kumblhandas’.
Quando o sacerdote-chefe Hsing-man viu o Grande Mestre Dengyo, exclamou: “As palavras sagradas não se tornarão extintas. Agora encontrei este homem ! Todas as doutrinas que aprendi transferirei a este acharya das terras do Japão”. E hoje a situação é exatamente a mesma. Agora, no início dos Últimos Dias da Lei, chegou a época de os cinco caracteres do Myoho-rengue-kyo serem propagados de modo que todas as pessoas do Japão possam receber a semente dos ensinos do Buda.
Quando uma mulher de posição inferior torna-se grávida do filho do soberano, as outras mulheres ficam com raiva e inveja. E quando uma pessoa de origem humilde é presenteada com uma jóia da coroa do rei, então grandes problemas com certeza surgirão. Assim, o sutra diz: “As pessoas dessa época ressentir-se-ão (do Sutra de Lótus) e o considerarão extremamente difícil de acreditar”.
O sutra Nirvana declara: “Se forem infligidos transtornos a um sábio, então o país onde ele vive será atacado por outros países”. E o sutra Ninno afirma essencialmente a mesma coisa. Se eu, Nitiren, for atacado, então, partindo do céu e da terra e das quatro direções, grandes calamidades verterão como chuva, jorrarão como fontes ou virão serpeando com ondas. Se a multidão de monges, aquelas hordas de gafanhotos que afligem a nação, e oministros que estão no poder no governo persistirem em suas calúnias e acusações cada vez maiores contra mim, então grandes desastres ocorrerão em magnitude crescente.
Quando um demônio ashura tentou atirar contra o deus Taishaku, sua flecha ricocheteou e furou-o no olho. E quando os pássaros garuda tentaram atacar o rei dragão Anavatapta, chamas irromperam de seus próprios corpos e consumiram-nos. O devoto do Sutra de Lótus é inferior a Taishaku ou ao rei dragão Anavatapta ?
O grande mestre Chang-an escreveu: “Aquele que destrói ou traz confusão à Lei Budista é um inimigo da Lei. Se uma pessoa age como amiga de outra, mas não tem benevolência para corrigí-la, na realidade é sua inimiga”. E ele também diz: “Aquele que torna possível ao ofensor livrar-se do mal age, portanto, como um pai deste”.
Todas as pessoas do Japão têm sido desencaminhadas pelas declarações desvairadas de Honen, que pede-lhes que ‘os descartem, fechem, ignorem e abandonem’ (todos os sutras exceto os sutras de sua seita), ou dos homens da seita Zen, que falam de uma ‘transmissão especial com exceção dos sutras’, de modo que não há uma única pessoa que não esteja destinada a cair na grande fortaleza do inferno de incessante sofrimento. Assim sendo, ao longo dos mais de vinte anos passados, jamais cessei de bradar em voz alta contra esses erros, não temendo nem o soberano da naçõa nem as pessoas comuns. Não sou de maneira alguma inferior aos sinceros ministros Lung-peng e Pi Kan da antiguidade. Sou como o Kannon de mil braços, o bodhisattva de grande benevolência, que empenha-se para salvar de uma vez todos os seres confinados no inferno de incessantes sofrimentos.
Quando várias crianças são apanhadas por um incêndio, mesmo que os pais desejem salvá-las todas de uma vez que têm apenas dois braços eles precisam decidir qual resgatar primeiro e qual deixar para depois (o verdadeiro ensino do Buda) é um pai com mil braços, dez mil braços, ou cem mil braços. Os sutras pregados antes do Sutra de Lótus possuem somente um ou dois braços, por assim dizer. Contudo, o Sutra de Lótus, que ‘instrui todos os seres vivos, fazendo-os entrar no Caminho do Buda’, é um genuíno bodhisattva de inumeráveis braços.
Se considerarmos o Sutra de Lótus e os comentários de Chang-an, então Nitiren Daishonin é pai e mãe benevolente de todo o povo do Japão. O céu pode estar nas alturas, mas tem ouvidos para ouvir o que está acontecendo. A terra pode ser profunda, mas tem olhos perspicazes para observar. O céu e a terra sabem agora (como se encontra a situação). E no entanto eu, que sou pai e mãe de todo o povo, sou atormentado, insultado e enviado ao exílio. Nunca se ouviu falar antes dos abusos do governo que ocorreram neste país nos últimos dois ou três anos, os quais excedem todos os limites da razão.
Em sua carta, o senhor mencionou a sua devoção filial a sua falecida mãe. Lendo-a, fiquei tão comovido que mal pude conter minhas lágrimas.
Há muito tempo, na China, houve cinco rapazes, inclusive Yuang-chung. Originalmente, eles eram estrangeiros de diferentes regiões e tinham sobrenomes diferentes, mas fizeram uma promessa de tornarem-se irmãos e jamais voltarem-se uns contra os outros e com o tempo acumularam três mil tesouros.
Todos os rapazes eram órfãos, e pesarosos por esse fato, quando encontraram uma mulher idosa ao longo da estrada, decidiram honrá-la como se fosse sua mãe. Assim o fizeram durante vinte e quatro anos, nunca indo contra o desejo dela o mínimo que fosse.
Então, a mãe subitamente adoeceu e ficou impossibilitada de falar. Os cincos filhos fitaram o céu e disseram: “Nossos esforços para cuidar de nossa mãe não foram apreciados e ela foi apanhada por uma doença que a impede de falar. Se o céu conceder aos nossos sentimentos filiais qualquer reconhecimento, oramos para que lhe restitua a capacidade de falar”.
Naquele momento, a mãe disse aos seus cinco filhos: “Em tempos passados, fui a filha de um homem chamado Yang Meng da região de Tai-yuan. Casei-me com Chang Wen-chien, que era do mesmo lugar, mas ele faleceu. Naquela época, tive um filho chamado Wu-i. Quando ele estava com sete anos, a rebelião irrompeu na região, e eu não sei o que aconteceu com ele. Vocês, meus cinco filhos, cuidaram de mim por vinte e quatro anos, mas eu nunca lhes contei sobre isso. Meu filho, Wu-I, tinha marcas parecidas com as setes estrelas da Ursa Maior em seu peito e, na sola de seu pé direito tinha uma mancha negra”. Acabando de dizer isso, ela morreu.
Quando os cinco filhos estavam acompanhando o corpo dela ao cemitério, encontraram o magistrado local na estrada. O magistrado deixou cair uma bolsa contendo documentos importantes, e os cinco rapazes, sendo acusados de roubá-la, foram detidos e amarrados. Quando o magistrado os confrontou, indagou: “Quem são vocês ?”, e os cinco jovens contaram-lhe tudo o que ouviram de sua mãe.
Ao ouvir isso, o magistrado quase caiu de seu assento, fitou os céus e então curvou-se em prantos. Ele libertou os cinco homens das cordas que os prendiam, conduzindo-os ao seu assento, e disse: “Sou Wu-I, e foi de minha mãe que cuidaram ! Durante estes vinte e quatro anos conheci muitos prazeres, mas como jamais pude parar de pensar em minha amada mãe, eles nunca foram reais prazeres para mim !”. Logo, ele apresentou os cinco homens ao soberano do país, e cada um foi designado chefe de uma província.
Deste modo, mesmo estranhos foram recompensados quando se reuniram e trataram alguém como a um pai ou mãe. Isto se aplica ainda mais ao caso de irmãos e irmãs verdadeiros quando eles tratam-se com amabilidade e cuidam de seus próprios pais ! Como o céu poderia deixar de aprovar ?
Jozo e Joguen utilizaram-se do Sutra de Lótus para conduzir seu pai, que mantinha conceitos errôneos, à salvação. Devadatta foi inimigo do Buda, e foi condenado pelos sutras ensinados durante o primeiro período de quarenta anos da vida de pregação do Buda. O momento de sua morte foi aterrorizador; a terra se abriu e ele caiu no inferno de incessante sofrimento. Porém, no Sutra de Lótus, ele foi convocado de volta e recebeu a predição de que se tornaria o Tathagatta Rei Celestial. O rei Ajatashatru matou seu pai, mas pouco antes de o Buda entrar no Nirvana, ele ouviu os ensinos do Sutra de Lótus e conseguiu escapar dos grandes sofrimentos do inferno Aviti.
Esta província de Sado é como o reino dos animais. Além disso, é repleta de discípulos de Honen que me odeiam milhares e milhares de vezes mais do que as pessoas de Kamakura o faziam. Eu nunca estou certo se conseguiria sobreviver. Contudo, graças ao apoio caloroso de ambos, consegui manter minha vida até agora. Quando considero isso, suponho que uma vez que Sakyamuni, Taho e outros Budas das dez direções e os grandes bodhisattvas fazem oferecimentos e prestam reverência ao Sutra de Lótus, esses budas e bodhisattvas devem estar informando seus pais a cada hora do dia e da noite (que vocês estão me auxiliando). E o fato de desfrutar agora o favor de seu lorde também deve ser devido à proteção que recebe de seus pais.
Não pense em seus parentes como irmãos. Considere-os como se fossem seus próprios filhos. É verdade que entre os filhos há aqueles parecidos com os filhotes de coruja, que afirma-se, comem sua própria mãe, ou como das feras harei, que esperam por uma oportunidade para devorar seu próprio pai. Apesar de seu próprio filho, Shiro, cuidar de seus pais, se ele for uma pessoa má, talvez não haja nada a ser feito. Entretanto, mesmo um estranho pode decidir-se a dar sua própria vida pelo senhor. Assim, se tratar seus irmãos mais novos como se fossem seus próprios filhos, eles podem tornar-se seus aliados para a vida toda e, sem dúvida, isso também causará uma impressão favorável aos outros. E, do mesmo modo, se considerar suas irmãs mais novas como filhas, então, porque ela não haveriam de retribuir com devoção filial ?
Quando fui exilado neste lugar, achei que ninguém viria visitar-me. No entanto, tenho não menos que sete ou oito pessoas aqui comigo, e se não fosse pela sua consideração, não sei como poderíamos conseguir provisões para o grupo todo. Tenho certeza de que tudo isto deve-se ao fato de as palavas do Sutra de Lótus terem penetrado seus corpos para oferecer-nos auxílio. Estou orando para que, não obstante o quanto os tempos possam se tornar turbulentos, o Sutra de Lótus e as dez filhas-demônios protejam todos vocês, orando tão fervorosamente como se quisesse acender fogo com madeira molhada ou extrair água de um solo ressecado. Há muitos outros assuntos a serem discutidos, mas encerrarei aqui.
Nitiren.
Fundo de Cena
Nitiren Daishonin escreveu este gosho na Ilha de Sado em 1273 para seu devotado seguidor, o samurai Shijo Kingo, que vivia em Kamakura. A essa altura, Nitiren Daishonin estava exilado nessa desolada ilha por cerca de um ano. Naquela época, o banimento era uma forma de punição que só perdia para a pena de morte, e as circunstâncias cruéis do exílio frequenteente destruíam o espírito e custava a vida daqueles que recebiam essa sentença. Entretanto, nesta carta, Nitiren Daishonin diz que apesar das privações do exílio, seu sentimento principal é de alegria. Ele foi banido exatamente porque denunciou os erros daqueles que caluniam o Sutra de Lótus. Daishonin explica que pelo fato de ter encontrado essa grande provação por causa do sutra, dessa forma ele com certeza erradicará nesta existência seu mau carma acumulado desde o distante passado. Este é o princípio de ‘repreender a calúnia à Lei e erradicar os pecados’, citado no título do gosho.
Daishonin prossegue explanando que quando o Buda Sakyamuni pregou o Sutra de Lótus, ele transmitiu os cinco caracteres do Myoho-rengue-kyo, a essência de seu ensino, somente para os bodhisattvas da Terra. Esses bodhisattvas são aqueles destinados a surgir e propagar este ensino no início dos Últimos Dias da Lei. Daishonin afirma que os surpreendentes acontecimentos recentes, tais como o terremoto devastador que assolou Kamakura em agosto de 1257, e um imenso cometa que apareceu de junho a agosto de 1264, devem ser entendidos como presságios anunciando o advento desses grandes bodhisattvas. Embora Nitiren Daishonin não declare isso tão diretamente, o gosho indica que ele é a pessoa exata que efetua a tarefa desses Bodhisattvas da Terra, propagando a essência do Sutra de Lótus.
Nitiren Daishonin subsequentemente compara-se a Fukyo, um bodhisattva que consta no Sutra de Lótus e que reverenciava todas as pessoas como futuros Budas e como consequência enfrentou insultos. Daishonin diz que de acordo com a predição do Buda Sakyamuni, nos Últimos Dias da Lei, época em que o Sutra de Lótus propagar-se-á, os acontecimentos irão se desenrolar da mesma forma como na época do bodhisattva Fukyo. O fato de Nitiren Daishonin ser perseguido, assim como Fukyo, por causa do Sutra de Lótus, indica que ele é o devoto do Sutra nos Últimos Dias da Lei.
O texto levanta então uma questão: No Rissho Ankoku Ron, Nitiren Daishonin interpretou os desastres que estavam ocorrendo no país como o efeito da crença difundida em ensinos desencaminhadores. Agora ele os interpreta como presságios da disseminação do Sutra de Lótus. Como conciliar essas duas concepções ? Nitiren Daishonin esclarece que esta é uma questão de perspectiva; não existe nenhuma contradição fundamental. Por um lado, quando chega a época da propagação do Sutra de Lótus, desastres surgem quando as pessoas persistem em abraçar ensinos provisórios que não se adequam mais à época. Por outro lado, quando o devoto do Sutra de Lótus que deve propagar seus ensinos aponta tais erros e é perseguido em consequência disso, grandes calamidades resultam infalivelmente. Nitiren Daishonin acrescenta que ao denunciar os erros das outras seitas, ele agiu unicamente pelo espírito de compaixão de bodhisattva, conforme expresso por Chang-an: “Aquel que torna possível ao ofensor livrar-se do mal, age portanto como se fosse seu pai”.
Na parte final do gosho, Nitiren Daishonin louva a devoção de Shijo Kingo a sua falecida mãe. Citando a história de Yuan-chung e os quatro irmãos adotados por ela, explana que tal conduta filial jamais deixará de ser recompensada. Ele conclui com expressões de gratidão a Shijo Kingo e sua família, cujos oferecimentos ajudaram Nitiren Daishonin e seus acompanhantes a sobreviverem sob as condições severas do exílio em Sado. A preocupação compassiva de Nitiren Daishonin com seus discípulos, mesmo em meio à sua própria adversidade, é claramente visível na passagem final.
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