**N.T. subtítulo dado pela tradutora para melhor compreensão do tema)
"No budismo o corpo humano se chama de "a vasilha correta do nobre caminho". Quer dizer, a vasilha da lei da prática budista. Quando enchemos essa vasilha com o grandioso estado de vida do estado de Buda, compreendemos e concretizamos o verdadeiro significado de haver nascido como seres humanos". 1 - Segundo o budismo, a vida tem 05 componentes, a saber: Forma,Percepção,Concepção,Volição (vontade),Consciência, que temporariamente se unem para formar um ser individual vivente. Destes componentes, o primeiro representa o aspecto físico e os outros quatro o aspecto espiritual da vida. Os 5 sentidos e a sexta raiz que correspondem à mente, estão envoltos mais especificamente com a forma e a percepção. A forma (em japonês "shiki") é, como dizíamos antes, o aspecto físico da vida, que inclui os cinco órgãos dos sentidos: olhos, ouvidos, nariz, língua e corpo (corpo como pele), mediante os quais percebemos o mundo exterior. A percepção (em japonês ju) é a função de receber informação externa por meio dos seis órgãos dos sentidos, quer dizer, os cincos anteriormente mencionados mais a mente. A mente integra, traduz, decodifica as impressões dos cinco sentidos. Logo, mediante a concepção nós criamos uma idéia mental sobre aquilo que percebemos, mediante a vontade desejamos tomar algum tipo de ação sobre essa idéia mental e a consciência nos permite discernir em todo momento. Na realidade, a consciência gera percepção, concepção e volição. O Sutra de Lótus, em seu capítulo 19, fala sobre os benefícios de purificação dos órgãos dos sentidos, dos que praticam a lei mística. O capítulo começa dizendo: Nesse momento o Buda dirigiu-se ao bodhisatva e mahasattva "Esforço Constante": Se bons homens e boas mulheres aceitam e mantêm este Sutra de Lótus, se o lêem, recitam, explicam e propagam, ou o transcrevem, obterão oitocentos benefícios visuais, mil e duzentos benefícios auditivos, oitocentos benefícios corporais e mil e duzentos benefícios mentais. Com todos eles podem adornar seus seis órgãos sensoriais e purificá-los 2. E sendo cada um dos sentidos, começando, por exemplo, pela vista, o Sutra diz: "Estes bons homens e mulheres, com os olhos físicos puros que receberam de seus pais no momento de nascer, verão tudo o que existe nas partes exteriores e interiores dos milhares de milhões de mundos, suas montanhas, bosques, rios e mares, por baixo do inferno Avichi e por cima até o ápice do ser. E no meio verão todos os seres viventes e também verão e compreenderão todas as causas e condições criadas por seus atos e nos nascimentos que lhes esperam como resultado e recompensa dessas ações. 3. Somos testemunhas do avanço da ciência, que tem permitido ao homem ver desde as menores células, até galáxias muito distantes. Inclusive, hoje podemos ter os olhos da cor que queremos. Podemos ter óculos, lentes de contado, telescópios e ainda assim não fazer contato com aquilo que queremos ver. Temos um imenso poder, a questão é até que ponto esse poder nos leva à felicidade. A purificação através da prática do Sutra de Lótus "se refere basicamente ao poder da penetração ou da perspicácia, não estamos falando de clarividência nem de nenhum poder místico sobre-humano". 4. E é que, em definitivo, o que queremos ver é o verdadeiramente importante, o essencial, aquilo que está detrás da forma física ou que ainda estando, momentaneamente não o podemos ver. A este respeito há uma experiência interessante que conta Haruo Suda (Vice-responsável do Departamento de Estudos da SGI) sobre uma reunião em que participou um jovem que realizava tarefas nos bastidores. O Presidente Ikeda, logo de início agradeceu aos que estavam nos bastidores, por seus esforços. O rapaz sentiu-se muito comovido ao ter sido reconhecido pela sua atividade. Por outro lado, Ikeda Sensei esclareceu que não possuía poderes psíquicos, mas que tem sim a firme determinação de não passar por cima do esforço silencioso das pessoas que lutam nos bastidores, cujo trabalho ninguém mais vê, e de mostrar toda sua gratidão. "Sempre trato de ver a essência que subjaz a raiz invisível que escapa a vista". Por outro lado, também é freqüente que Ikeda Sensei ao visitar os centros culturais da SGI no mundo, dê uma volta antes de entrar no edifício, para cumprimentar os que realizam as tarefas mais silenciosas. Quando alguém observa com uma visão de longo alcance, só tem uma melhor idéia da situação geral..." 5. Como é importante então ver de distintos ângulos para poder apreciar, discernir e, assim, ver em perspectiva. Mas, é só a posição? Não. O olhar penetrante, sagaz, só é fruto de um grande coração. Quando nos esforçamos tenazmente baseados na fé, sem cair na impaciência, podemos cultivar um olhar penetrante para poder discernir sempre o melhor caminho. 6 Muitas vezes pensamos: A solução para o meu problema não existe. E não é que não exista, é que não podemos ver. Daishonin disse: "Quando as nuvens se dissipam, a terra se ilumina". Nossa prática tem que começar a atuar e a fazer brilhar nosso "olhar de sabedoria". 6. Existem cinco tipos de visão: O olho do mortal comum que distingue forma e cor. O olho divino ou a capacidade dos seres celestiais de ver mais além das limitações físicas de obscuridade, da distância ou a obstrução. O olho da sabedoria ou faculdade das pessoas dos dois veículos de perceber que todos os fenômenos carecem de substância. O olho da Lei, mediante o qual os bodhisatvas compreendem todos os ensinamentos. O olho do Buda que percebe a verdadeira natureza da vida que abarca passado, presente e futuro, e inclui ainda as outras quatro faculdades perceptivas. 7 . Se nos esforçarmos com sinceridade diariamente na fé, obteremos sem falta o benefício da purificação de nossos sentidos, na medida em que avançamos no caminho da iluminação. No entanto, existem pessoas que não podem ver. Que acontece com elas? Ter uma visão perfeita não significa poder perceber a essência das coisas. Mediante a fé na Lei Mística, podemos abrir sem falta os "olhos do coração". Seguramente lembramos de Helen Keller (1880-1968), que não podia ver nem falar, nem ouvir, e conquistou o mundo por sua força espiritual. Inclusive realizou estudos universitários e somente dizia: "No País das Maravilhas da mente eu sou tão livre como qualquer outra pessoa. O reino da mente é LIVRE, por isso o Presidente Ikeda batizou com o nome "Liberdade" ao grupo da Soka Gakkai dos que não enxergam. 8. Passemos agora a outro sentido: o tato. Através do tato percebemos a forma e textura das coisas, os diferentes estados da matéria (sólido, líquido, gasoso), a temperatura, etc. O órgão externo é a pele que, como se sabe, é o maior órgão que temos e cumpre uma função de barreira. Segundo Dr. Cordero, um eminente dermatologista, a pele separa o homem do seu meio e o une a ele. Presidente Ikeda disse: "A pele não é somente uma camada externa, é também o espelho que reflete nossa saúde interior, reflete nosso estado de vida". 9. O Sutra descreve o "benefício do corpo" da seguinte forma: "Adquiram corpos puros, como o lápis-lazúli perfeito, cuja visão produzirá deleite nos demais" Este fragmento diz que a vida da pessoa chega a brilhar como um cristal polido até a perfeição. Todos os que estão ao seu redor sentem-se felizes e animados. A pessoa assim, em outras palavras, representa uma presença reconfortante como o sol. Um líder deve possuir um rosto brilhante, uma vitalidade como a do sol nascente. 10. Seguramente já nos aconteceu olharmo-nos no espelho quando estamos doentes e observar uma imagem pálida e consumida e quando estamos saudáveis, nosso rosto e nosso corpo todo está corado e fresco. E é muito claro ver como após a oração, quando nos entregamos sinceramente com corpo e alma, terminamos renovados e vitalizados; até nossa pele parece irradiar um brilho especial. "Um último benefício do corpo é que todos os seres dos dez estados, uma vez que purificam seu corpo, podem discernir a verdadeira natureza de todas as forma de vida, como se as vissem refletidas em um espelho límpido". 11. E, em definitivo, de que nos serve purificar esses sentidos? É só para nos sentirmos bem? A Purificação do corpo: "Se refere a poder detectar o estado de vida de alguém no momento em que está diante do outro. Quando se vive baseado na Lei Mística pode-se ver com clareza o estado de vida dos semelhantes". 12. E, na medida em que podemos reconhecer o estado de vida de nossos semelhantes, saberemos como chegar ao seu coração para poder alertá-los, trabalhar juntos, ou simplesmente iniciar um diálogo. Shariputra ou Sharihotsu, discípulo de Sakyamuni, foi conhecido por sua inteligência e sabedoria ("o mais sábio"). Num sentido amplo representa todos os que praticam corretamente o Budismo. O nome Sharihotsu em japonês pode ser decomposto em três palavras: "Sha" – pele, "ri" – carne, "hotsu" – osso. Desta maneira o nome Sha-ri-hotsu (pele-carne-osso) representa a totalidade da vida. "A transformação que alcançamos através da prática budista influi na nossa mente e nosso corpo, que trocam até sua mínima essência. A força vital da Lei Mística penetra e revitaliza a carne, os ossos e a pele". Quanto ao olfato, como sabemos, é o sentido que permite a percepção dos cheiros. Diversas espécies de animais utilizam os odores como informação ante o perigo, com relação ao alimento, como sinal para a procriação, etc. As terminações nervosas que permitem distinguir os aromas terminam em uma zona do cérebro onde também se localiza a memória. Está comprovado que se pode estimular o sentido do olfato, treinando e gerando uma "memória olfativa". Desta maneira, aprende os perfumistas seu ofício e podem distinguir uma infinidade de substâncias diferentes. Este treinamento demora anos, até pôr toda vida e se adverte ao perfumista iniciante que seja capaz de manter o espírito elevado para confrontar-se muitas vezes com o erro e voltar a tentar. Na cultura japonesa a "arte da fragrância" "sempre foi muito importante. Queimavam madeiras aromáticas ou materiais aromáticos e desfrutavam de seus aromas e davam prêmios a quem chegava a melhor combinação ou a quem chegava a identificar melhor os componentes. Em japonês, a expressão" cheirar incenso" se pode escrever com ideograma que, literalmente, se lêem "escutar uma fragrância". O Presidente Ikeda afirma: "[...] cada pessoa possui sua própria fragrância. Não estou me referindo ao odor corporal ou ao perfume, senão a sua singular "fragrância do coração" ou "aroma da vida". A pessoa que estuda, se esforça e trata de crescer com esforço sincero, possui a "fragrância da tenacidade". E o aroma que exala é íntegro e saudável, como o de uma flor que acaba de brotar. Por outro lado, a pessoa que desperdiça a vida de uma forma decadente, parece emitir de dentro do seu ser um odor desagradável, como o de alguém em decadência. A diferença é realmente notória. Através da prática podemos distinguir nossas próprias "fragrâncias do coração" e as dos demais, para assim poder ajudar melhor. Seguimos com o órgão da língua, envolvido no sentido do paladar e que também utilizamos para algo importantíssimo como a fala. Com muito humor, Katsuji Saito, responsável do Departamento de Estudos da SGI, comenta: "Nesse aspecto, indubitavelmente as mulheres levam vantagem!" A purificação deste sentido tem que ver com duas coisas: Tudo o que se prova, se identifica bem; A capacidade de falar sobre o Budismo de modo que os que escutam sentem alegria. A primeira afirmação tem relação com o "mistério" da elevação dos estado de vida alcançado através da prática. Uma pessoa saudável encontra sabor no prato mais simples, mas a que sofre, até o prato mais saboroso lhe resulta num sabor desagradável. Isto não significa que temos que nos descuidar das nossas artes culinárias! O estado de vida é completo e misterioso e a forma com que percebemos com nossos sentidos depende do estado de vida em que nos encontramos. Já a purificação da fala - a segunda afirmação -, nos permite, através da voz e das palavras (forma e conteúdo) chegar ao coração das pessoas. O Sutra de Lótus diz: "Se com estas faculdades de sua língua, propaga em meio a grande assembléia, emitirá uma voz profunda e poderosa, capaz de penetrar na mente e fazer com que todos os que a escutam se regojizem e se deleitem". Muito ligado ao sentido da fala se encontra o Ouvido. Se não existisse o ouvido não haveria diálogo, todos teriam aborrecidos monólogos. Existe um capítulo do Sutra de Lótus que enfatiza a importância de escutar as vozes das pessoas, e é o capítulo 25, o "Portal Universal do Bodhisatva Perceptor dos Sons do Mundo". Chama-se esse Bodhisatva às vezes de Mãe Misericordiosa, pois não existe ninguém melhor que uma mãe para escutar o coração de seu filho que sofre. O Portal Universal "significa uma porta que qualquer um pode transpor, que está aberta para todos. E o Perceptor dos Sons do Mundo" reconhece os sons das vozes das pessoas que sofrem. Um líder deve escutar atentamente as pessoas. O importante é que escutem com paciência e imparcialidade. Estes tempos de agora são tempos onde as pessoas estão cheias de sofrimentos. Um líder deve escutar as pessoas com benevolência. Esta é a parte da prática budista. É importante gerar um ambiente onde as pessoas se sintam livres para falar sobre qualquer tema. Os bons líderes escutam opiniões dos demais. É muito fácil escutar as opiniões dos outros que estão de acordo com a gente, difícil é escutar aqueles que mostram pontos de vista opostos. Geralmente o que fazemos é evitar as opiniões que não gostamos. O Presidente Ikeda frisa que "aquele que não tenha a magnanimidade de escutar voluntariamente ainda as opiniões mais duras, mais severas, está desqualificado como líder". Um Psicólogo de Harvard, David Mc Clelland, tem feito investigações que mostram que quando as pessoas estão em crise e permanecem sem falar mantendo seus sentimentos dentro de si mesmos, liberam hormônios que baixam a resistência do sistema imunológico às enfermidades. E há também estudos que falam de que quando o nível de stress é alto, as pessoas sem apoio psicológico sofrem tanto como dez vezes a incidência de enfermidades físicas e emocionais, comparado com aquelas que têm apoio psicológico. Quando começamos a praticar o budismo, a maioria de nós está preocupada em resolver seus próprios problemas. Nesse sentido, nossa fé nesse ponto é a de alguém que pede ajuda ao "Perceptor dos Sons do Mundo". Primeiro, essencialmente querem ser escutados. Gradualmente, à medida que praticamos, nosso estado de vida cresce a ponto de poder escutar os problemas dos demais. Quer dizer, passamos de dependentes do "Perceptor dos Sons do Mundo" para nos converter no Bodhisatva Perceptor dos Sons do Mundo.E essa transformação se deve a fé na Lei Mística O Sutra de Lótus diz: "Em outras palavras, ainda que uma pessoa não tenha adquirido o ouvido celestial, com os ouvidos puros e comuns que recebeu de seus pais no momento de nascer poderá ouvir e compreender todas as vozes que existem nas partes internas e externas de incontáveis mundos". Quer dizer que o que recebe o benefício da purificação do ouvido pode ouvir todas as vozes e distinguir a essência da vida que cada um expressa. No Maka Shikan (Grande Concentração e Introspecção) T’ien-T’ai fala a respeito dos diversos tipos de médico: "O médico superior escuta (as vozes do paciente), o médico comum observa a cor, o médico inferior examina o pulso". Um médico sensível, só em escutar a voz pode diagnosticar a doença. Se escutarmos atentamente a voz de uma pessoa, por seu tom, sua reverberância, revela claramente o estado de vida da pessoa, expressando mais do que o que dizem as palavras. Dos cinco órgãos dos sentidos, o ouvido é o primeiro a ativar-se, já durante a gestação (aos seis meses) de modo que o bebê quando nasce já reconhece o som da voz de sua mãe. Por outro lado, o ser humano pode fechar os olhos ou a boca de forma voluntária, mas não pode fechar os ouvidos. Os ouvidos são a janela da vida, são as poesias do espírito, mediante o qual se podem ter acesso as profundidades da vida do ser humano. Por isso a música tem o poder de estremecer ao homem e desperta-lhe emoções em um nível muito profundo. Vendo então que o ouvido está tão conectado com as emoções, como é importante polir nossas vozes, tanto em relação à forma como ao conteúdo das palavras para poder transmitir sempre como diz Sensei: "Vozes de cálido alento, vozes de justiça que refutam amplamente a falsidade, vozes de convicção, vozes jubilosas que se elevam no canto. Como indica Daishonin quando nos incentiva a falar energicamente e de todo coração, o Kossen-rufu é um processo pelo qual a onda que gera a voz de uma pessoa se expande para produzir dez mil ondas". Por último, passemos à mente. O cérebro é o órgão, a mente pode ser vista como uma função do cérebro, mas não está nele localizada. A mente e o cérebro não podem separar-se. Em tal sentido, constituem uma inseparabilidade. Mas isto não quer dizer que ambos são idênticos. A relação talvez seja mais bem descrita com a frase "dois mas não dois". O aspecto espiritual que é a mente e o aspecto físico dado pelos fenômenos neurológicos são dois termos distintos ("dois"), mas funcionam juntos como uma inseparabilidade("não dois"). [...] Poderia dizer que o cérebro é a "via" pela qual se manifesta à atividade da mente. A mente é ampla e vasta e transcende os limites da matéria. É livre no tempo e no espaço e comunica como uma ponte com a consciência das outras pessoas e não morre junto com o corpo. Tem o potencial de transcender o eu inferior. Se a mente "não localizada" é uma realidade, o mundo se converte em um lugar de interação e conexão. Quanto à purificação da mente, "o Sutra de Lótus" diz que se uma pessoa escuta um só verso ou frase (sobre o Sutra de Lótus), entenderá infinitos e ilimitados ensinos". E poderá expor o significado desse verso ou frase durante um mês, quatro meses ou um ano e que o ensino exposto "jamais será contrário a realidade verdadeira. A essência do que diz uma pessoa concorda íntegra e perfeitamente com a verdade do Universo. Através da purificação da mente, os praticantes tornam-se mais sábios. Em síntese, purificar os seis órgãos sensoriais significa transformar completamente nossa vida para que seja um veículo do Kossen-rufu. 21 Comentários da autora: Preparar este trabalho suscitou em mim uma série de perguntas para reflexão, que podem chegar a ser útil a outras pessoas também. Não pretendo ter as respostas, mas creio que as mesmas irão mudando a medida que cresça e se fortaleça minha prática. Por outro lado, sinto que o feito de preparar e expor um tema em uma reunião não se conclui com a exposição em si ou com o objetivo que alguém tenha se fixado para esse momento. Creio que o "tema" segue trabalhando no interior da própria vida. A intenção destas perguntas é a reflexão. E as faça. Perguntas para que o coração não fique adormecido. A visão. Vemos nitidamente o Gohonzon ou há alguma perturbação (nitidez, brilho, contraste, luz suficiente)? Podemos resolver? De que tamanho os vemos? Muda de tamanho segundo nosso estado ou com a intensidade de nossa prática? Vemos todas aquelas pessoas com as quais fazemos contato? Ou vemos só aqueles a quem queremos ver, os que nos cai bem por um motivo ou outro? Temos a flexibilidade como para ver um fato de distintos pontos de vista: o nosso e o alheio; o passado, o presente e o futuro, o superficial e o profundo? Quando pedimos uma prova real, estamos atentos para ver a resposta da vida? O tato Até que ponto nos aproximamos fisicamente das pessoas ou pomos barreiras? Que forma toma estas barreiras: são preconceitos? Pomos distância física real? É um tratamento brusco? Nos pegamos falando com palavras difíceis? Assumimos uma postura arrogante como de alguém que só quer ensinar quando na realidade tem que aprender? Até onde ceder aos prazeres físicos é dar-se ao gosto, compartilhar algo sagrado, unir-se misticamente, combater o aborrecimento ou preencher um vazio? Cuidamos do espaço do outro, no sentido de não invadi-lo aproximando-nos demais? Fazemos respeitar nosso próprio espaço? Qual o espaço que nos é necessário? Muda de acordo com quem estamos? Existe algum limite na entrega a outro ser humano? O ouvido e a fala Fazemos silêncio quando outra pessoa fala e escutamos com atenção? O quanto recordamos do que nos diz? Captamos só a idéia principal do que foi dito ou podemos repetir a conversa inteira? Captamos sua intenção? Prestamos atenção ao tom de voz da pessoa com quem falamos? A mente Reconsideramos nossos objetivos à luz do que vamos aprendendo durante o caminho ou simplesmente são um fim que justifica qualquer meio? Até que ponto somos perseverantes e até que ponto somos obcecados/caprichosos? Tem uma citação de Sensei muito linda em Tesouros para a Vida 2/00: "Na fotografia cada minuto conta. A concentração é absolutamente necessária. Como disse Ernst Haas (1921-1986), fotógrafo austríaco [...] "O fotógrafo nunca tem um segunda oportunidade. Sempre deve abordar seu trabalho com o impulso criativo de abrir um novo caminho". Nunca há uma segunda oportunidade. Assim não podemos deixar escapar o momento".
Pelo que tenho aprendido, a purificação dos 5 órgãos dos sentidos e a mente passa a ampliar o estado de alerta, uma maior consciência de si mesmo e dos demais para poder concretizar o Kossen-rufu.
Bibliografia utilizada: 1) Daisaku Ikeda. La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 15, pág. 46. 2) Sutra del Loto, cap. 19, pág. 251. 3) Sutra del Loto, cap. 19, pág. 251 - 252. 4) Daisaku Ikeda. La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 11. 5) Daisaku Ikeda La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 12. 6) Daisaku Ikeda La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 13-14. 7) Argentina Seikyo Nº 926, 20/04/2000, Diccionario de Budismo 8) La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 16. 9) Daisaku Ikeda. Argentina Seikyo Nº 938, 20/08/2000, Diálogos sobre la salud (segunda serie) Afecciones de la piel. 10) Katsuji Saito. La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 27. 11) Daisaku Ikeda. Argentina Seikyo Nº 938, 20/08/2000, Diálogos sobre la salud (segunda serie) Afecciones de la piel. 12) Daisaku Ikeda. La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 22-23. 13) Sutra del Loto, Capítulo 19, pág. 260. 14) Living Buddhism. Journal for Peace, Culture and Education. April 2000, págs. 30 - 44. 15) Sutra del Loto, Capítulo 19, pág. 252 - 253. 16) Takanori Endo. La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 18. 17) Daisaku Ikeda. La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 20-21. 18) La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 22. 19) La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 17, pág. 43. 20) Daisaku Ikeda cita al Dr. Larry Dossey en La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 13, pág. 22. 21) Katsuji Saito y Daisaku Ikeda. La Sabiduría del Sutra del Loto: Diálogo sobre la Religión en el siglo XXI, Nº 20, pág. 27.
Texto: Adriana Korec (amkorec@cuidad.com.ar) Colaboração: Selvis Stocel (s3234@yahoo.com) Tradução: Cristina Grimaldi Muniz (cristinagrimaldi@uol.com.br)
Revisão: Rita de Cássia Ribeiro (ricasri@hotmail.com) e Cláudio Muniz (claudiomuniz@uol.com.br)
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