Toki Jonin
13 DE DEZEMBRO DE 2008 — EDIÇÃO Nº 1967
Pergunta: Poderia apresentar uma breve biografia de Toki Jonin? Resposta: Toki Jonin é conhecido como um dos principais seguidores de Nitiren Daishonin. Nasceu em 1216 e viveu em Wakamiya, distrito de Katsushika, na província japonesa de Shimosa. Era um discípulo de destacada erudição e recebeu aproximadamente trinta cartas de Nitiren Daishonin, entre elas a “Carta de Sado”, “Sobre atingir o estado de buda nesta existência” e “O objeto de devoção para a observação da mente”, esta última considerada um dos principais escritos do Buda. Serviu como vassalo do lorde de Tiba, chefe supremo do exército de Shimosa, e tornou-se seguidor de Daishonin por volta de 1254, aos 38 anos de idade. Por diversas vezes Toki Jonin apoiou e protegeu Nitiren Daishonin junto com Shijo Kingo. Por exemplo, foi ele quem acolheu Nitiren Daishonin em sua própria casa após a Perseguição de Matsubagayatsu em 1260. Lá, Daishonin ficou hospedado por aproximadamente meio ano e, nesse período, pode propagar seu ensino a muitas pessoas em Shimosa. Ohta Jomyo converteu-se ao budismo por intermédio de Toki Jonin. Jomyo, que tinha a mesma idade de Daishonin, recebeu importantes escrituras tais como “Os três grandes ensinos fundamentais” e “Amenizar o efeito cármico”. Posteriormente, em 1269, Toki Jonin, Ohta Jomyo e Shijo Kingo foram intimados pelo xogunato de Kamakura a justificar suas crenças religiosas. Tratava-se de uma batalha decisiva para comprovar a veracidade do budismo. Ao ser notificado, Daishonin enviou rapidamente uma carta para os três, na qual apresenta instruções detalhadas de como se preparar e se comportar para o julgamento. As frases abaixo foram extraídas das cartas recebidas por Toki Jonin: “Do ponto de vista mundano, eu, Nitiren, sou a pessoa mais pobre do Japão, mas, à luz do budismo, sou a pessoa mais rica do mundo. Quando percebo que isso é assim unicamente porque o tempo é correto, fico exultante de alegria e não consigo conter minhas lágrimas (...)”. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 2, pág. 229.) “Se a mente das pessoas é impura, sua terra será igualmente impura. Mas se sua mente é pura, assim será sua terra. Portanto, não há duas terras, pura e impura ao mesmo tempo. A diferença reside unicamente na mente boa ou má das pessoas. Isso se aplica tanto aos budas como aos mortais comuns.” (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. 1, págs. 3 e 4.). “Quando uma pessoa é dominada pela ilusão, é chamada de mortal comum, mas quando iluminada, é chamada de Buda. Isso se assemelha a um espelho embaçado que brilhará como uma jóia quando for polido. A mente que se encontra encoberta pela ilusão da escuridão inata da vida é como um espelho embaçado, mas quando for polida, é certo que se tornará como um espelho límpido, refletindo a natureza essencial dos fenômenos e da realidade. Manifeste uma profunda fé polindo seu espelho dia e noite. Como deve poli-lo? Não há outra forma senão devotar-se à recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.” (Ibidem.) “Os não-budistas e malfeitores dificilmente serão capazes de destruir o budismo, mas os seguidores do Buda podem-no. Eles agirão como parasitas nas entranhas do leão que no final matam-no.” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pág. 197.) Graças à corajosa e sincera dedicação desse fervoroso discípulo, que arriscou a própria vida para proteger o seu mestre e seus preciosos ensinos, hoje podemos ter contato com muitos dos principais escritos de Nitiren Daishonin e aplicá-los em nossa vida diária.
Referências: • Brasil Seikyo, edição no 1.643, 9 e março de 2002, pág. A7. • Ibidem, edição no 1641, 23 de fevereiro de 2002, pág C4. • Ibidem, edição no 1561, 24 de junho de 2000, pág. C2. • Ibidem, edição no 1941, 31 de maio de 2008, pág. A8. • Ibidem, edição no 1.823, 10 de dezembro de 2005, pág. A3.
Toki Jonin (2a parte) 10 DE JANEIRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 1970
Pergunta: Poderia expor algum exemplo do quanto Daishonin compreendia a sinceridade deste fervoroso discípulo? Resposta: Conhecido como um dos principais seguidores de Nitiren Daishonin, Toki Jonin era seis anos mais velho que Daishonin e converteu-se aos seus ensinos com 38 anos de idade. No capítulo “Expansão” do romance Nova Revolução Humana, temos uma clara idéia do quanto Daishonin compreendia a sinceridade da fé de seu estimado discípulo assim como de sua idosa mãe, pelo comentário de Shin-iti Yamamoto, pseudônimo do presidente da SGI, Daisaku Ikeda: “A consideração pelos membros que lutam nos bastidores é um dever dos líderes. Daishonin também dedicou toda a sua atenção, louvando a dedicação de seus discípulos. Há diversas cartas e frases de Daishonin endereçadas especialmente às mulheres e às pessoas idosas. “Por exemplo, Toki Jonin, que era líder dos praticantes na região de Shimosa, ofereceu uma roupa leve de verão para Daishonin. Essa roupa foi costurada por sua mãe de noventa anos para que seu amado filho pudesse vesti-la. Entretanto, sabendo que não era capaz de retribuir à dedicação de sua mãe, resolveu oferecê-la à Daishonin. “Por causa da idade, ela não enxergava bem e tinha dificuldade para segurar a agulha e a linha. Apesar disso, costurou a roupa devotando o máximo de seus esforços”. (Vol. 8, pág. 25.) Sobre a carta “Resposta ao Lorde Toki” em que Nitiren Daishonin relata sobre este oferecimento de Toki Jonin, o presidente Ikeda explana: “Embora ele [Daishonin] estivesse relutante em aceitar o manto, devolvê-lo equivaleria a rejeitar o sincero espírito com o qual ele havia sido oferecido. Sob essas circunstâncias, Daishonin reconhece a sinceridade de Toki Jonin e, ao mesmo tempo, expressa os maiores agradecimentos e encorajamentos à mãe dele. “Ele diz que, vestindo esse manto, Bonten, Taishaku e todas as entidades celestiais saberiam do ardente espírito de mãe e filho em fazer esse oferecimento. E os deuses budistas das dez direções certamente o protegeriam. Ele conclui a carta dizendo-lhes que o benefício de fazer-lhe esse oferecimento iluminaria suas vidas eternamente, existência após existência. “Que alegria mãe e filho devem ter sentido ao receberem essa resposta! E Toki Jonin, em sua alegria em conduzir-se da maneira mais respeitosa para com sua mãe, deve ter sentido a mais profunda gratidão para com Daishonin. “‘O que importa é o coração da pessoa.’ (END, vol. 6, pág. 99.) Neste episódio, podemos ver um belo relacionamento: uma mãe que empreende um incansável esforço preocupada com seu filho; um discípulo motivado pela preocupação tanto com sua mãe quanto com seu mestre; e um mestre que, preocupado com a mãe e seu filho, faz o máximo para produzir o melhor em todos os seus esforços. Este é o mundo do budismo.” (Brasil Seikyo, edição no 1.383, 21 de setembro de 1996, pág. 3.) Um ano após essa carta ter sido enviada, a mãe de Toki Jonin faleceu em fevereiro de 1276, aos 93 anos. Devido à benevolência de Daishonin, a vida da mãe de Toki Jonin foi coroada de grande satisfação e vitória. O budismo existe para auxiliar as pessoas a tornarem-se felizes. Quando nos baseamos no grande desejo pelo Kossen-rufu, considerando cada esforço como nas palavras de Daishonin, “a gota adentrando o oceano, ou o solo sendo acrescido à terra”, então nosso insignificante “ser interior” dá lugar ao “ser superior” que brilha com a eterna vitória. Então, todos os nossos esforços transformam-se no “oceano” de benefícios, numa “terra” de boa sorte.
Referência: • Brasil Seikyo, edição no 1.500, 20 de março de 1999, pág. 9.
Toki Jonin (3a e última parte) 17 DE JANEIRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 1971
Pergunta: A esposa de Toki Jonin, Dama Toki, foi incentivada por Daishonin quando se encontrava com uma grave doença. É possível superar o carma determinado? Resposta: Toki Jonin foi um dos principais discípulos de Daishonin e iniciou a prática budista aos 38 anos de idade por volta do ano de 1254. Como estudamos anteriormente, Jonin foi um fervoroso discípulo e chegou a abrigar Nitiren Daishonin em sua residência logo após a Perseguição de Matsubagayatsu. Mais tarde, em 1279, Daishonin recebeu um detalhado relato de Shijo Kingo sobre a grave condição de saúde da esposa de Toki Jonin. Imediatamente, procurou incentivá-la encaminhando-lhe o escrito “A Transformação do carma determinado”. A Dama Toki havia se casado com Toki Jonin após o falecimento da primeira esposa dele e manteve uma sincera prática budista apoiando seu marido. Mais tarde, ela adotou o nome budista Myojo, que significa “Eternidade Maravilhosa”. Apesar de gravemente enferma, por alguma razão, recusava-se a encarar seriamente sua doença. Nitiren Daishonin escreveu esta carta na tentativa de fazer elevar, dentro dela, uma determinação poderosa o bastante para desafiar e vencer a doença, incentivando-a inclusive a se tratar com Shijo Kingo, considerado um profundo conhecedor da medicina. Podemos notar a profunda sensibilidade de Nitiren Daishonin quanto à natureza humana e a sua compreensão sobre o caráter. Como muitos de nós já experimentamos, poucas coisas são mais frustrantes e dolorosas que tentar lidar com alguém a quem estimamos, que possui um problema sério, mas não quer admiti-lo e muito menos vencê-lo. Podemos admirar a imensa diplomacia de Daishonin na maneira como encoraja esta mulher obstinada e independente, embora basicamente insegura, que se recusava a encarar seriamente sua doença. O ser humano, diante de um grande sofrimento, tem a tendência de manifestar o conformismo e a desistência. Daishonin orienta então a romper esse sentimento passivo e a manifestar uma forte determinação de prolongar a própria vida acreditando no extraordinário poder do Sutra de Lótus, isto é, o Gohonzon. Daishonin incentiva Myojo a despertar para a fé, apontando o quanto todos estavam preocupados com ela: o próprio Nitiren Daishonin, Shijo Kingo e Toki Jonin. Ele apela também ao seu profundo senso de responsabilidade familiar, lembrando-a o quanto seu marido necessitava dela. Em outro trecho, Daishonin expõe o tema principal desse escrito, o princípio da transformação do carma, seja esse determinado ou não. O budismo caracteriza o carma como determinado ou não, dependendo da manifestação ocorrer em um momento determinado ou não da vida. Ambos os tipos de carma podem ser positivos ou negativos. As influências resultantes do carma do tipo não determinado podem ser superadas por um esforço razoavelmente simples. Entretanto, o carma determinado é mais profundamente arraigado na vida e suas influências são mais difíceis de serem superadas. São determinadas pela tendência básica da vida das pessoas e manifestam-se em um momento definido da vida. No mesmo escrito, consta: “Se a senhora viver mesmo por um dia a mais, poderá acumular ainda mais benefícios”. O budismo ensina que um único dia de vida é mais valioso que todos os tesouros do Universo. E, justamente por ser o mais precioso dos tesouros, oferecer a vida em prol da Lei proporciona o acúmulo de causas para a conquista da mais elevada boa sorte. Portanto, a promessa de “prolongar a vida” significa muito mais que simplesmente estender o número limitado de dias e anos, embora a fé no Gohonzon possa tornar isso possível. “Prolongar a vida” também implica que, pelo poder da fé, conseguimos descobrir dentro de nós mesmos um potencial infinitamente valioso, muito além de qualquer coisa que tenhamos imaginado e, assim, criar um valor inestimável na vida e sentir uma profunda satisfação nesta existência.
Não é por acaso que temos como uma de nossas metas individuais colocar em ação a diretriz “Prática da fé para manter a boa saúde e obter longevidade”, uma das “Cinco Diretrizes Eternas” da nossa organização estabelecidas pelo presidente Ikeda visando comprovar nosso potencial de superar até mesmo o carma determinado.
Referências: • Brasil Seikyo, edição no 1.383, 21 de setembro de 1996, pág. 3. • Ibidem, edição no 1.753, 26 de junho de 2004, pág. C4.
Dentre bilhões de páginas na Internet você veio parar aqui, saiba que sua presença neste blog não é mero acaso, certamente você deve ter procurado o site "AS MAIS BELAS HISTORIAS BUDISTAS...." e como ele saiu do ar, por motivos de força maior (???) estou postando o que copiei ao longo desses anos, para não ficarmos sem informações. Copiei exatamente como estava, com os creditos. Espero não estar fazendo nada ilegal, pois o que o Buda ensinou, penso eu, pertence a humanidade.
"Quando sua determinação muda, tudo o mais começa a se mover
em direção ao seu desejo".
29 de jan. de 2009
Um único instante determina toda uma vida
Avançar ou recuar, falar ou calar, desafiar ou deixar como está, ficar ou fugir, aceitar ou recusar, vencer ou perder, enfim, são inúmeras as decisões que as pessoas têm de tomar na vida.
Esse momento de tomada de decisão, muitas vezes um instante relâmpago,
pode definir toda a sua vida.
No budismo, isso é elucidado como o princípio de itinen sanzen (Três Mil Mundos num Único Momento da Vida).
Itinen sanzen — esse complexo sistema filosófico apresentado pelo Grande Mestre Tient’ai (538–597), da China, em sua obra Maka Shikan (Grande Concentração e Discernimento), é um dos mais importantes conceitos budistas.
Literalmente, itinen significa “uma mente”, “um momento da vida” ou “essência da vida”, e sanzen quer dizer “três mil” ou “o fenômeno que a vida manifesta”.
A expressão “três mil” é uma integração dos Dez Mundos ou Dez Estados da Vida e sua possessão mútua, dos Dez Fatores e dos Três Domínios da Individualização. Esses valores multiplicados (10 x 10 x 10 x 3) resultam em três mil.
10- Buda
09 – Bodhisattva
08 – Absorção
07 – Erudição
06 – Alegria
05 – Tranqüilidade
04 – Ira
03 – Animalidade
02 – Fome
01 - Inferno Possessão mútua dos 10 estados de vida.
Significa que cada estado de vida pode manifestar os outros 10 dentro dele. 1 – Aparência
2 – Natureza
3 – Entidade
4 – Poder
5 – Influëncia
6 – Causa interna
7 – Relação
8 – Efeito latente
9 – Efeito manifesto
10 – Consistência do inicio ao fim. Os 10 fatores é a forma que os 10 estados de vida se manifestam nos
3 domínios da existência. 1 – Cinco componentes da vida. (Eu)
2 – Ambiente Social
3 – Ambiente natural.
10 estados de vida 10 x 10 = 100 10 Fatores da vida 100 x 10 = 1000 1000 x 3 = 3000
Os Três Princípios de Individualização da Vida, ou Três Domínios da Existência, são:
1) Domínio dos cinco componentes da vida: Explica a individualidade - no exato momento em que uma vida aparece neste mundo, ela é dotada de características físicas e espirituais únicas que são resultados do seu Karma passado.
• Forma: Indica o aspecto físico da vida, que possui atributos como forma e cor. Inclui também os órgãos dos cinco sentidos — visão, olfato, audição, paladar e tato — pelos quais percebemos o mundo exterior.
• Percepção: É a função de receber as informações externas pelos seis órgãos sensoriais — os cinco sentidos e a mente, que integram as impressões sensoriais.
• Concepção: Essa é a função pela qual a vida compreende e elabora idéias sobre aquilo que foi percebido.
• Volição: Significa a vontade de agir com relação àquilo que foi percebido e sobre o qual foi concebida uma idéia.
• Consciência: Essa é a função da vida de discernir fazendo avaliação, distinguir o bem do mal etc. Ao mesmo tempo, ela age para apoiar e integrar as demais quatro funções.
2) Domínio dos seres vivos ou ambiente social: Indica uma verdade comum de que vivemos nossa vida conjuntamente com outras pessoas, por exemplo nossa família.
3) Domínio do ambiente ou ambiente natural: Significa o lugar onde os seres vivos habitam (o espaço) e do qual dependem para resolver suas atividades vitais.
Os Três Domínios da Existência não devem ser vistos de uma forma isolada entre si, mas de forma integrada, os quais manifestam qualquer um dos Dez Mundos.
Com esse princípio, Tient’ai quis mostrar que todos os fenômenos — corpo e mente, ser vivo e ambiente, causa e efeito — estão integrados em um simples momento da vida das pessoas. Isto quer dizer que são três mil condições pelas quais a vida pode manifestar-se como fenômeno.
Cada pessoa têm uma personalidade única, com uma forma única de viver e um meio ambiente que muda em resposta direta as mudanças que ocorrem neste individual.
A teoria do itinen sanzen foi sistematizada por Tient’ai com base no Sutra de Lótus. Porém, o conceito explicado por ele descreve apenas o processo teórico da iluminação, pois a lei básica desse processo não havia sido revelada.
Somente com a revelação do Nam-myoho-rengue-kyo por Nitiren Daishonin, a Lei fundamental que engloba tanto a vida (itinen) como o Universo (sanzen), a consecução real e efetiva da iluminação tornou-se possível. E essa lei foi incorporada na forma do Gohonzon para que todas as pessoas tivessem acesso à finalidade básica da prática do budismo.
De uma forma simplificada, a palavra itinen é comumente expressa como “determinação”. A determinação de uma pessoa em um único instante é o que definirá o rumo de sua vida.
Como em tudo há um lado bom ou positivo e um lado mal ou negativo, é à própria pessoa quem caberá a escolha do rumo a seguir.
Uma forte determinação, portanto, tem o poder tanto para a construção como para a destruição.
Uma mente determinada ou imbuída de forte itinen difere da idéia de pensamento positivo. Para a consecução de um objetivo, por exemplo, não basta simplesmente pensar positivamente, é preciso expressar-se e agir de acordo. Dessa forma, quando uma pessoa manifesta esse tipo de determinação, todo o seu ser participa, ou seja, há uma interação entre os Dez Mundos, os Dez Fatores e os Três Domínios da Individualização.
Nossa condição de vida afeta nossa percepção do mundo e nossa ação em relação a ele.
A prática do Gongyo e do Daimoku nos possibilita elevar essa condição e perceber a essência real dos fatos com sabedoria e coragem para agir diante das situações.
Elevando nosso estado de vida, podemos sair do ciclo de sofrimento e de causas negativas e transformar nosso ambiente. Porém, como seres humanos, temos altos e baixos, motivo pelo qual devemos nos exercitar constantemente.
Considerações Finais e exemplos.
Podemos ver o Itinen Sanzen também pelo ponto de vista dos Três Domínios da Existência onde não apenas o ser humano possui os 10 estados de vida e os 10 fatores, mas também a sociedade e o lugar onde ele vive.
Olhando isso pelo ponto de vista do indivíduo, Itinen Sanzen explica teoricamente como mudando a si mesmo você é capaz de mudar o meio ambiente onde você vive. Ex:
Um pequeno grupo de torcedores de um time de futebol se encontra no inferno ou na alegria de acordo com os resultados do seu time. É claro que os torcedores têm diferentes vidas e diferentes objetivos, porém ao se identificarem com aquele time eles acabam dividindo o mesmo destino.
Neste sentido o grupo de torcedores é uma ENTIDADE VIVA, capaz de manifestar os 10 estados de vida e os 10 fatores. E conseqüentemente eles iram exercer influencia nos seu ambiente – estádios, bares, etc.
No acidente de avião que ocorreu em julho/2007 estavam pessoas de muitas partes do país, talvez muitos deles não tinham nada em comum uns com os outros, mas mesmo assim eles tinham um Karma em comum para estarem no mesmo avião bem no momento do acidente. É impossível saber quais foram as causas que levaram a este karma e isso é também irrelevante, o ponto principal é que aquele grupo de pessoas experimentaram o mesmo destino. O Itinen Sanzen nos mostra que todos nós fazemos parte de muitos grupos – família, amigos, colegas, vizinhos, crianças, homem, mulher e assim por diante, e sendo assim o nosso karma pessoal e identidade estão ligados com outras pessoas como individuais e como grupos.
Objetos inanimados são também capazes de manifestar os 10 estados de vida e os 10 fatores através dos seres humanos, já que são incapazes de fazerem os esforços necessários. Ex. Uma faca.
Se uma pessoa usa a faca para cometer suicídio, este é o estado de vida do Inferno da faca.
Carregar uma faca para se sentir forte e ameaçar os outros, a faca manifesta o estado de vida da animalidade.
Um médico usando uma faca p salvar a vida de alguém, a faca manifesta o seu estado de Bodhisattva.
Uma pessoa no estado de Buda pode utilizar a faca de inúmeras maneiras para criar valor e assim permite que esta faca manifeste o seu estado de vida de Buda.
O trabalho do Van Gogh (1853 – 90) é muito valorizado hoje, suas pinturas são leiloadas por milhões de dólares. Mas, quando era vivo o seu trabalho era ridicularizado e discriminado e sendo assim era pouco comercializado, este grande mestre da pintura enquanto vivo era sustentado pelo irmão Theo e acabou morrendo na extrema pobreza.
Van Gogh era um homem instável emocionalmente, horas experimentava grande alegria e outras profunda tristeza e depressão o que acabou levando-o ao suicido.
Apesar do lado negativo da sua instabilidade emocional, ela também foi a maior responsável pela grandeza deste pintor, no final da sua vida ele reagia fortemente e as vezes até violentamente ao seu ambiente físico e pintou incessantemente o mundo que ele SENTIA mais do que o mundo que ele via.
Através do Itinen Sanzen, podemos dizer que o Van Gogh pintou não apenas objetos ou paisagens, mas imprimiu na tela o seu próprio estado de vida no momento da pintura. O diferencial maior do trabalho deste gênio da pintura está no enorme apelo emocional que o trabalho emana.
As tintas a óleo e a tela usadas nas pinturas também possuíam uma natureza espiritual que só foi possível ser revelada quando as circunstancias permitiram, isso é quando o artista as utilizou para expressar o seu próprio espírito.
Analisando a pintura dos girassóis do Van Gogh através dos 10 fatores da vida.
Possui aparência e natureza ou espírito porque são ambos parte da entidade da pintura que é igual ao estado de vida do pintor quando ele fez o trabalho.
O poder da pintura se torna influencia quando isso é ativado através de uma causa externa, alguém olhando para a ela. A causa inerente é a totalidade de tudo que o Van Gogh fez para criar a pintura mesmo antes dele colocar o pincel na tela. O efeito manifesto é a reação que ela causa a pessoa que admira o trabalho e o efeito latente pode ser julgado pelo fato de que esta pintura continua crescendo em fama e valor, e finalmente podemos ver que estes 9 fatores são consistentes do início ao fim.
Apesar de toda explicação acima ser uma tentativa de simplificar o Itinen Sanzen, ele não pode ser compreendido em conteúdo e profundidade pelo intelecto somente.
Sendo assim, não devemos nos preocupar com isso, o entendimento e a utilização do Itinen Sanzen em nossa vida virá a partir do momento que nos aprofundarmos na nossa prática e na nossa revolução humana.
Devemos nos esforçar todos os dias na nossa prática de Gongyo e Daimoku, assim como elevar o nosso estado de vida nos 3 três domínios da existência.
Um prática de forte determinação (itinen) e regularidade nos levará sem dúvida a estados de vida mais elevados, polindo a nossa vida em direção ao estado de Buda.
Não devemos nos preocupar em entender plenamente os princípios da filosofia budista, isso vem com o tempo e com a nossa experiência como Budistas na vida diária e como disse sakyamuni.
"A sabedoria dos budas é infinitamente profunda e imensurável. O portal dessa sabedoria é difícil de compreender e de transpor. Nenhum dos homens de erudição ou de absorção é capaz de compreendê-la
Porque a Lei que o Buda revelou é a mais rara e a mais difícil de compreender.
A verdadeira entidade de todos os fenômenos somente pode ser compreendida e partilhada entre os budas. Essa realidade consiste de aparência, natureza, entidade, poder, influência, causa interna, relação, efeito latente, efeito manifesto e consistência do início ao fim.”
Texto base - JULHO DE 2004 — EDIÇÃO Nº 431
Esse momento de tomada de decisão, muitas vezes um instante relâmpago,
pode definir toda a sua vida.
No budismo, isso é elucidado como o princípio de itinen sanzen (Três Mil Mundos num Único Momento da Vida).
Itinen sanzen — esse complexo sistema filosófico apresentado pelo Grande Mestre Tient’ai (538–597), da China, em sua obra Maka Shikan (Grande Concentração e Discernimento), é um dos mais importantes conceitos budistas.
Literalmente, itinen significa “uma mente”, “um momento da vida” ou “essência da vida”, e sanzen quer dizer “três mil” ou “o fenômeno que a vida manifesta”.
A expressão “três mil” é uma integração dos Dez Mundos ou Dez Estados da Vida e sua possessão mútua, dos Dez Fatores e dos Três Domínios da Individualização. Esses valores multiplicados (10 x 10 x 10 x 3) resultam em três mil.
10- Buda
09 – Bodhisattva
08 – Absorção
07 – Erudição
06 – Alegria
05 – Tranqüilidade
04 – Ira
03 – Animalidade
02 – Fome
01 - Inferno Possessão mútua dos 10 estados de vida.
Significa que cada estado de vida pode manifestar os outros 10 dentro dele. 1 – Aparência
2 – Natureza
3 – Entidade
4 – Poder
5 – Influëncia
6 – Causa interna
7 – Relação
8 – Efeito latente
9 – Efeito manifesto
10 – Consistência do inicio ao fim. Os 10 fatores é a forma que os 10 estados de vida se manifestam nos
3 domínios da existência. 1 – Cinco componentes da vida. (Eu)
2 – Ambiente Social
3 – Ambiente natural.
10 estados de vida 10 x 10 = 100 10 Fatores da vida 100 x 10 = 1000 1000 x 3 = 3000
Os Três Princípios de Individualização da Vida, ou Três Domínios da Existência, são:
1) Domínio dos cinco componentes da vida: Explica a individualidade - no exato momento em que uma vida aparece neste mundo, ela é dotada de características físicas e espirituais únicas que são resultados do seu Karma passado.
• Forma: Indica o aspecto físico da vida, que possui atributos como forma e cor. Inclui também os órgãos dos cinco sentidos — visão, olfato, audição, paladar e tato — pelos quais percebemos o mundo exterior.
• Percepção: É a função de receber as informações externas pelos seis órgãos sensoriais — os cinco sentidos e a mente, que integram as impressões sensoriais.
• Concepção: Essa é a função pela qual a vida compreende e elabora idéias sobre aquilo que foi percebido.
• Volição: Significa a vontade de agir com relação àquilo que foi percebido e sobre o qual foi concebida uma idéia.
• Consciência: Essa é a função da vida de discernir fazendo avaliação, distinguir o bem do mal etc. Ao mesmo tempo, ela age para apoiar e integrar as demais quatro funções.
2) Domínio dos seres vivos ou ambiente social: Indica uma verdade comum de que vivemos nossa vida conjuntamente com outras pessoas, por exemplo nossa família.
3) Domínio do ambiente ou ambiente natural: Significa o lugar onde os seres vivos habitam (o espaço) e do qual dependem para resolver suas atividades vitais.
Os Três Domínios da Existência não devem ser vistos de uma forma isolada entre si, mas de forma integrada, os quais manifestam qualquer um dos Dez Mundos.
Com esse princípio, Tient’ai quis mostrar que todos os fenômenos — corpo e mente, ser vivo e ambiente, causa e efeito — estão integrados em um simples momento da vida das pessoas. Isto quer dizer que são três mil condições pelas quais a vida pode manifestar-se como fenômeno.
Cada pessoa têm uma personalidade única, com uma forma única de viver e um meio ambiente que muda em resposta direta as mudanças que ocorrem neste individual.
A teoria do itinen sanzen foi sistematizada por Tient’ai com base no Sutra de Lótus. Porém, o conceito explicado por ele descreve apenas o processo teórico da iluminação, pois a lei básica desse processo não havia sido revelada.
Somente com a revelação do Nam-myoho-rengue-kyo por Nitiren Daishonin, a Lei fundamental que engloba tanto a vida (itinen) como o Universo (sanzen), a consecução real e efetiva da iluminação tornou-se possível. E essa lei foi incorporada na forma do Gohonzon para que todas as pessoas tivessem acesso à finalidade básica da prática do budismo.
De uma forma simplificada, a palavra itinen é comumente expressa como “determinação”. A determinação de uma pessoa em um único instante é o que definirá o rumo de sua vida.
Como em tudo há um lado bom ou positivo e um lado mal ou negativo, é à própria pessoa quem caberá a escolha do rumo a seguir.
Uma forte determinação, portanto, tem o poder tanto para a construção como para a destruição.
Uma mente determinada ou imbuída de forte itinen difere da idéia de pensamento positivo. Para a consecução de um objetivo, por exemplo, não basta simplesmente pensar positivamente, é preciso expressar-se e agir de acordo. Dessa forma, quando uma pessoa manifesta esse tipo de determinação, todo o seu ser participa, ou seja, há uma interação entre os Dez Mundos, os Dez Fatores e os Três Domínios da Individualização.
Nossa condição de vida afeta nossa percepção do mundo e nossa ação em relação a ele.
A prática do Gongyo e do Daimoku nos possibilita elevar essa condição e perceber a essência real dos fatos com sabedoria e coragem para agir diante das situações.
Elevando nosso estado de vida, podemos sair do ciclo de sofrimento e de causas negativas e transformar nosso ambiente. Porém, como seres humanos, temos altos e baixos, motivo pelo qual devemos nos exercitar constantemente.
Considerações Finais e exemplos.
Podemos ver o Itinen Sanzen também pelo ponto de vista dos Três Domínios da Existência onde não apenas o ser humano possui os 10 estados de vida e os 10 fatores, mas também a sociedade e o lugar onde ele vive.
Olhando isso pelo ponto de vista do indivíduo, Itinen Sanzen explica teoricamente como mudando a si mesmo você é capaz de mudar o meio ambiente onde você vive. Ex:
Um pequeno grupo de torcedores de um time de futebol se encontra no inferno ou na alegria de acordo com os resultados do seu time. É claro que os torcedores têm diferentes vidas e diferentes objetivos, porém ao se identificarem com aquele time eles acabam dividindo o mesmo destino.
Neste sentido o grupo de torcedores é uma ENTIDADE VIVA, capaz de manifestar os 10 estados de vida e os 10 fatores. E conseqüentemente eles iram exercer influencia nos seu ambiente – estádios, bares, etc.
No acidente de avião que ocorreu em julho/2007 estavam pessoas de muitas partes do país, talvez muitos deles não tinham nada em comum uns com os outros, mas mesmo assim eles tinham um Karma em comum para estarem no mesmo avião bem no momento do acidente. É impossível saber quais foram as causas que levaram a este karma e isso é também irrelevante, o ponto principal é que aquele grupo de pessoas experimentaram o mesmo destino. O Itinen Sanzen nos mostra que todos nós fazemos parte de muitos grupos – família, amigos, colegas, vizinhos, crianças, homem, mulher e assim por diante, e sendo assim o nosso karma pessoal e identidade estão ligados com outras pessoas como individuais e como grupos.
Objetos inanimados são também capazes de manifestar os 10 estados de vida e os 10 fatores através dos seres humanos, já que são incapazes de fazerem os esforços necessários. Ex. Uma faca.
Se uma pessoa usa a faca para cometer suicídio, este é o estado de vida do Inferno da faca.
Carregar uma faca para se sentir forte e ameaçar os outros, a faca manifesta o estado de vida da animalidade.
Um médico usando uma faca p salvar a vida de alguém, a faca manifesta o seu estado de Bodhisattva.
Uma pessoa no estado de Buda pode utilizar a faca de inúmeras maneiras para criar valor e assim permite que esta faca manifeste o seu estado de vida de Buda.
O trabalho do Van Gogh (1853 – 90) é muito valorizado hoje, suas pinturas são leiloadas por milhões de dólares. Mas, quando era vivo o seu trabalho era ridicularizado e discriminado e sendo assim era pouco comercializado, este grande mestre da pintura enquanto vivo era sustentado pelo irmão Theo e acabou morrendo na extrema pobreza.
Van Gogh era um homem instável emocionalmente, horas experimentava grande alegria e outras profunda tristeza e depressão o que acabou levando-o ao suicido.
Apesar do lado negativo da sua instabilidade emocional, ela também foi a maior responsável pela grandeza deste pintor, no final da sua vida ele reagia fortemente e as vezes até violentamente ao seu ambiente físico e pintou incessantemente o mundo que ele SENTIA mais do que o mundo que ele via.
Através do Itinen Sanzen, podemos dizer que o Van Gogh pintou não apenas objetos ou paisagens, mas imprimiu na tela o seu próprio estado de vida no momento da pintura. O diferencial maior do trabalho deste gênio da pintura está no enorme apelo emocional que o trabalho emana.
As tintas a óleo e a tela usadas nas pinturas também possuíam uma natureza espiritual que só foi possível ser revelada quando as circunstancias permitiram, isso é quando o artista as utilizou para expressar o seu próprio espírito.
Analisando a pintura dos girassóis do Van Gogh através dos 10 fatores da vida.
Possui aparência e natureza ou espírito porque são ambos parte da entidade da pintura que é igual ao estado de vida do pintor quando ele fez o trabalho.
O poder da pintura se torna influencia quando isso é ativado através de uma causa externa, alguém olhando para a ela. A causa inerente é a totalidade de tudo que o Van Gogh fez para criar a pintura mesmo antes dele colocar o pincel na tela. O efeito manifesto é a reação que ela causa a pessoa que admira o trabalho e o efeito latente pode ser julgado pelo fato de que esta pintura continua crescendo em fama e valor, e finalmente podemos ver que estes 9 fatores são consistentes do início ao fim.
Apesar de toda explicação acima ser uma tentativa de simplificar o Itinen Sanzen, ele não pode ser compreendido em conteúdo e profundidade pelo intelecto somente.
Sendo assim, não devemos nos preocupar com isso, o entendimento e a utilização do Itinen Sanzen em nossa vida virá a partir do momento que nos aprofundarmos na nossa prática e na nossa revolução humana.
Devemos nos esforçar todos os dias na nossa prática de Gongyo e Daimoku, assim como elevar o nosso estado de vida nos 3 três domínios da existência.
Um prática de forte determinação (itinen) e regularidade nos levará sem dúvida a estados de vida mais elevados, polindo a nossa vida em direção ao estado de Buda.
Não devemos nos preocupar em entender plenamente os princípios da filosofia budista, isso vem com o tempo e com a nossa experiência como Budistas na vida diária e como disse sakyamuni.
"A sabedoria dos budas é infinitamente profunda e imensurável. O portal dessa sabedoria é difícil de compreender e de transpor. Nenhum dos homens de erudição ou de absorção é capaz de compreendê-la
Porque a Lei que o Buda revelou é a mais rara e a mais difícil de compreender.
A verdadeira entidade de todos os fenômenos somente pode ser compreendida e partilhada entre os budas. Essa realidade consiste de aparência, natureza, entidade, poder, influência, causa interna, relação, efeito latente, efeito manifesto e consistência do início ao fim.”
Texto base - JULHO DE 2004 — EDIÇÃO Nº 431
PRELEÇÃO DO SUTRA DE LOTUS
Um grande número de sutras budistas tem chegado ao nosso conhecimento, tanto que de fato eles são conhecidos como oitenta mil ou oitenta e quatro mil ensinos. Gostaríamos de saber como uma coleção tão vasta pôde ser compilada e se de fato ela era realmente necessária. As Escrituras de Nitiren Daishonin (1222-1282), contudo, revelam a chave deste enigma. No "Os ensinos declarados por todos os Budas através do tempo", ele afirma claramente: "Os oitenta e quatro mil ensinos são o diário da minha própria vida." Os sutras explicam a essência de uma simples vida humana a qual faz parte da vida cósmica. Em conjunto eles revelam uma filosofia completa de vida. O Budismo visa iluminar cada detalhe da vida de todas as coisas do universo - vidas que continuam do passado infinito ao futuro eterno.Sutra de Lótus - a essência de todos os sutras budistasAntes de revelar o profundo significado de sua iluminação, Sakyamuni teve que preparar os seus discípulos. As verdades da vida eram difíceis demais para serem compreendidas pelas pessoas comuns, pois elas eram intelectualmente deficientes. Além disso, as pessoas desta época, estavam imersas na busca de desejos imediatos e acreditavam que os mesmos representavam a verdadeira felicidade que elas aspiravam. Por essa razão tornava-se imperioso que Sakyamuni as levasse a encarar as duras realidades da vida deste mundo. Primeiramente ele ensinou a futilidade de uma vida repleta de sofrimentos que termina com a morte e a repetição contínua desse mesmo ciclo. A conclusão lógica desse ensino primitivo, que se tornou a base do Budismo Hinayana, estabeleceu que o único meio de escapar dos sofrimentos era extinguir sua fonte - o desejo. Isto implicava na extinção do corpo do indivíduo, por foi considerado que era a origem de todos os desejos. Assim, foi ensinado que todos deveriam procurar a extinção total dos desejos. Esse ensino era uma introdução rudimentar do profundo conceito de void ou kuu.Assim que seus discípulos começaram a compreender os seus ensinos. Sakyamuni fez cessar a busca do void. Contou-lhes a respeito das maravilhas da terra do Buda e ensinou-lhes que existia um reino longe deste mundo transitório e mundano. Essa terra eterna e feliz que ele acabara de descrever poderia estar na parte leste ou oeste do universo e seus discípulos desejaram renascer em tal paraíso celeste. Estes ensinos passaram a ser chamados doutrina provisória do Budismo Mahayana.Quando Sakyamuni revelou o que mais tarde seria conhecido como Sutra de Lótus, houve uma mudança radical. Ele incentivou os seus discípulos a examinarem suas próprias vidas ao invés de ficarem desejando por um outro mundo.Os primeiros quarenta e dois anos de ensino de Sakyamuni pode ser considerado como uma doutrina preparatória, os meios que conduziriam todos para a Lei Única, que fora revelada nos oito últimos anos de ensino do Sutra de Lótus.O Sutra de Lótus integra todas as verdades parciais em um todo perfeito e representa a essência e o conjunto do sistema da Filosofia Budista. Explica a vida tanto como um todo e também nos seus mínimos detalhes. Devido a essa combinação de amplitude e detalhes, o Sutra de Lótus elucida com êxito a energia fundamental da vida - a energia vital que nutre a sabedoria inata em todas as vidas humanas e dá expressão à força da benevolência que emana no seu íntimo. O Sutra de Lótus explica o potencial infinito da vida através de parábolas e descrições de acontecimentos surpreendentes. Sakyamuni achou melhor descrever a iluminação que ele atingira e ensinou-a através de descrições da Cerimônia do Sutra de Lótus. Por essas razões o Sutra de Lótus é denominado como o auge, o ápice dos seus ensinos.
Dentre todos os 28 capítulos do Sutra de Lótus, o capítulo hoben (meios) e juryo (Revelação da Vida Eterna do Buda)são mais importantes e constituem objeto desta preleção.
Capítulo HobenMeios
Niji sesson. Ju sanmai.Anjo ni ki. Go Sharihotsu. Sho-bu-ti-e. Jinjin muryo. Go ti-e mon. Nangue nannyu. Issai shomon. Hyaku-shi-butsu. Sho-fu-no-ti.
Nesse momento, o Buda levantou-se serenamente de sua meditação e dirigiu-se a Sharihotsu, dizendo: "A sabedoria dos budas é infinitamente profunda e imensurável. O portal dessa sabedoria é difícil de compreender e de transpor. Nenhum dos homens de erudição ou de absorção é capaz de compreendê-la.Nesse trecho "Nenhum dos homens de erudição ou de absorção é capaz de compreendê-la", Sakyamuni anuncia a Sharihotsu que a vasta sabedoria dos budas não pode ser sondada pela sabedoria superficial dos homens de erudição e de absorção, ou seja, as pessoas dos dois veículos.Sharihotsu, um homem de erudição, é conhecido como o mais notável em sabedoria dentre os discípulos do Buda. Em termos de sabedoria, ele era insuperável entre os intelectuais. No entanto, Sakyamuni afirma categoricamente que nem mesmo Sharihotsu, com toda a sua sabedoria, pode compreender a sabedoria do Buda.Apesar disso, enquanto Sakyamuni prosseguia a sua pregação, operava-se uma completa transformação não apenas em Sharihotsu mas em todos os homens de erudição. Isso significa que eles começaram a compreender a sabedoria do Buda, chegando Sakyamuni a reconhecer que poderiam atingir infalivelmente o estado de Buda. Esse fato é conhecido como "iluminação dos dois veículos".
Sho-i sha ga. Butsu zo shingon. Hyaku sen man noku. Mushu sho butsu. Jin gyo sho- butsu. Muryo doho. Yumyo shojin. Myosho fu mon. Joju jinjin. Mi-zo-u-ho. Zui gui sho setsu. Ishu nangue.
Qual é a razão disso? Um buda é aquele que serviu a centenas , a milhares, a dezenas de milhares, a incontáveis budas e executou um número incalculável de práticas religiosas. Ele empenha-se corajosa e ininterruptamente e seu nome é universalmente conhecido. Um Buda é aquele que compreendeu a Lei insondável e nunca antes revelada, pregando-a de acordo com a capacidade das pessoas, ainda que seja difícil compreender a sua intenção.Nesta passagem, Sakyamuni esclarece a razão de a sabedoria dos budas ser infinitamente profunda e imensurável, e por ser o portal dessa sabedoria é difícil de compreender e de transpor, revelando as práticas que ele realizou em existências prévias.Para dar uma idéia do quanto é difícil o caminho para se atingir a iluminação, Sakyamuni explica que um buda é aquele que serviu a incontáveis outros budas em existências prévias, conduziu corajosa e ininterruptamente incalculáveis práticas para então iluminar-se a uma Lei extraordinária.Em comparação, a prática de Sharihotsu e de outras pessoas dos dois veículos era ainda muito superficial. Conseqüentemente, não conseguiram compreender inicialmente o verdadeiro propósito do ensino exposto por meio da sabedoria imensurável dos budas.
Shari-hotsu. Go-ju-jo-butsu-i-rai. Shu-ju-in-nen. Shu-ju-hi-yu. Ko-en-gon-kyo. Mu-shu-ho-bem. In-do-shu-jo. Ryo-ri-sho-jaku.
Sharihotsu, desde que atingi a iluminação tenho exposto meus ensinos utilizando várias histórias sobre relações causais, parábolas e inúmeros meios para conduzir as pessoas e fazer com que renunciem aos seus apegos a desejos mundanos.Sakyamuni está explicando melhor a passagem anterior em que diz: "Um buda é aquele que compreendeu a Lei insondável e nunca antes revelada, pregando-a de acordo com a capacidade das pessoas, ainda que seja difícil compreender a sua intenção.Sakyamuni abordou nos trechos anteriores sobre a sabedoria dos budas em geral. Nesta passagem, em contraste, ele se refere à sabedoria concentrando-se particularmente nele mesmo."Desde que atingi a iluminação" refere-se ao período desde que Sakyamuni atingiu o estado de Buda até pregar o Sutra de Lótus, período durante o qual expôs vários sutras provisórios. Sakyamuni esclarece a seguir a característica distinta dos ensinos pré-Sutra de Lótus. Ele diz que antes de pregar o Sutra de Lótus havia utilizado "várias histórias sobre relações causais" (explicando como os fatos acontecem) e "parábolas" na ampla exposição de seus ensinos; que esses ensinos eram meios (hoben em japonês) para conduzir as pessoas à verdade e libertarem-nas de seus vários apegos seculares.
Sho-i-sha-ga. Nyo-rai-ho-ben. Ti-ken-ha-ra-mi-tsu. Kai-i-gu-soku
Qual a razão disso? A razão está no fato de o Buda ser plenamente dotado dos meios e do paramita da sabedoria.Nesta parte, Sakyamuni continua elogiando a imensa sabedoria do Buda. Até então, ele havia exaltado a sabedoria do Buda do ponto de vista das inúmeras práticas realizadas no passado. Nesse trecho ele discute o poder da sabedoria para conduzir as pessoas, e o estado de vida que o Buda atingiu como resultado dessas práticas.Na frase "meios e o paramita da sabedoria", o termo "paramita da sabedoria" significa a perfeição da sabedoria. A palavra sânscrita paramita significa atingir ou aperfeiçoar.
Shari-hotsu. Nyo-rai-ti-ken. Ko-dai-jin-non. Mu-ryo-mu-gue. Riki..Mu-sho-i.Zen-jo. Gue-da. San-mai. Jin-nyu-mu-sai.Jo-ju-i-sai. Mi-zo-u-ho.
Sharihotsu, a sabedoria do Buda é ampla e profunda. Ele é dotado de imensurável benevolência, ilimitada eloqüência, poder, coragem, concentração, liberdade e samadhis (meditação), aprofundou-se no reino do insondável e despertou para a Lei nunca antes revelada.Esse trecho explica os grandes poderes do Buda, ou seja, descreve a maravilhosa condição de vida que aqueles que abraçam o Gohonzon podem desenvolver. O segundo presidente Jossei Toda, interpretando esta passagem do ponto de vista do budismo de Nitiren Daishonin, ensinou que ela esclarece o estado de vida incorporado no Gohonzon.
Shari-hotsu. Nyo-rai-no. Shu-ju-fun-betsu. Gyo-se-sho-ho. Gon-ji-nyu-nan. E-ka-shu-shin. Shari-hotsu.Shu-yo-gon-shi. Mu-ryo-mu-hen. Mi-zo-u-ho. Bu-shitsu-jo-ju.
Sharihotsu, o Buda é aquele que sabe como discernir e como expor os ensinos habilmente. Suas palavras são ternas e gentis e podem alegrar o coração das pessoas. Sharihotsu, em síntese, o Buda compreendeu perfeitamente a Lei ilimitada, infinita e nunca antes revelada.Sakyamuni prossegue enaltecendo a imensa sabedoria do Buda. Em última análise, ele afirma que, por ser dotado da "Lei ilimitada, infinita e nunca antes revelada", é que pode expor habilmente seus ensinos de acordo com a capacidade de compreensão e circunstâncias das pessoas e alegrá-las com "palavras ternas e gentis". Sakyamuni diz também que ele pode pregar a lei de acordo com as preocupações e as circunstâncias das pessoas devido à abundante e profunda "sabedoria dos budas" que flui em sua vida. Dessa forma, ele indica a vastidão da Lei inigualável para a qual ele iluminou-se.
Shi-Shari-hotsu. Fu-shu-bu-setsu. Sho-i-sha-ga. Bu-sho-jo-ju. Dai-iti-ke-u. Nan-gue-shi-ho.
Chega, Sharihotsu! Não vou mais continuar pregando. Por quê? Porque a Lei que o Buda revelou é a mais rara e a mais difícil de compreender.
O capítulo Hoben ("Meios") é chamado "ensino espontâneo e não solicitado". Isso porque o Buda começou a pregá-lo por iniciativa própria, dizendo: "A sabedoria dos budas é infinitamente profunda e imensurável", e não em resposta às indagações de alguém mais.Até aqui, Sakyamuni veio enfatizando que a sabedoria do Buda está além da capacidade de compreensão de Sharihotsu e das pessoas dos dois veículos. Aqui, ele diz a Sharihotsu: "Não vou mais continuar pregando", a fim de estimular ainda mais o seu espírito de procura. Sakyamuni explica que ele não mais pregará, "porque a Lei que o Buda revelou é a mais rara e a mais difícil de compreender".A expressão "Chega, Sharihotsu!" é uma rigorosa e benevolente orientação do Buda para seus estimados discípulos atingirem o supremo estado de vida.
Yui-butsu-yo-butsu. Nai-no-ku-jin. Sho-ho-ji-so. Sho-i-sho-ho. Nyo-ze-so. Nyo-ze-sho. Nyo-ze-tai. Nyo-ze-riki. Nyoze-sa. Nyo-ze-in. Nyo-ze-en. Nyo-ze-ka. Nyo-ze-hô Nyo-ze-hon má-ku-kyo-tô
A verdadeira entidade de todos os fenômenos somente pode ser compreendida e partilhada entre os budas. Essa realidade consiste de aparência, natureza, entidade, poder, influência, causa interna, relação, efeito latente, efeito manifesto e consistência do início ao fim.Essa é a parte mais importante do capítulo Hoben ( "Meios"), a qual trata da verdadeira entidade de todos os fenômenos e dos dez fatores.
O que seria, exatamente, a sabedoria do Buda que Sakyamuni veio enaltecendo desde o início do capítulo como algo "infinitamente profundo" e "difícil de compreender"?A sabedoria do Buda que somente pode ser compreendida e compartilhada entre os budas é a "verdadeira entidade de todos os fenômenos", e "a verdadeira entidade" consiste especificamente dos dez fatores: aparência, natureza, entidade, poder, influência, causa interna, relação, efeito latente, efeito manifesto, e consistência do início ao fim.A frase "todos os fenômenos" indica a vida nos dez mundos ou estados (shoho, em japonês) e o seu ambiente ( eho ) ou todos os seres vivos e o ambiente no qual habitam. Em outras palavras, refere-se a toda a natureza, todas as coisas e fenômenos.O significado dos dez fatores pode ser resumido da seguinte forma:
1) aparência (nyo ze so ): a manifestação externa da vida;
2) natureza ( nyo ze sho ) : o aspecto mental ou espiritual da vida;
3) entidade ( nyo ze tai ): a totalidade da vida que consiste de aparência e natureza;
4) poder ( nyo ze riki ): a energia inerente;
5) influência (nyo ze sa ): a ação dirigida ao exterior;
6) causa interna ( nyo ze in ): a causa direta para algo ocorrer;
7) relação ( nyo ze en ): as causas ou condições que ativam a causa interna;
8) efeito latente (nyo ze ka ): o resultado produzido ( nas profundezas da vida ) pela causa interna e a relação;
9) efeito manifesto ( nyo ze ho : a manifestação concreta e perceptível do efeito latente;
10) consistência do início ao fim ( nyo ze honmatsu kukyoto ): a perfeita integração desses nove fatores em cada momento da vida.
Cada um de nós vive dentro da estrutura dos dez fatores. Ninguém poderia dizer que não possui "aparência", pois se assim fosse, estaríamos diante de uma pessoa invisível. Similarmente, ninguém poderia afirmar não ter personalidade nem energia, ou que não desempenhe alguma atividade. Tampouco poderia haver uma situação em que a aparência correspondesse a uma pessoa, a natureza a outra, e a entidade a uma outra pessoa. Há uma consistência entre todos os fatores, e juntos eles formam a totalidade insubstituível de seu ser.(Revista Terceira Civilização n.328/ dez.95 – A Verdadeira entidade de todos os fenômenos é a sabedoria para compreender a verdade da vida).Capítulo JuryoA "revelação da vida eterna do buda"explica a eternidade da vida, e a extensão da vida do buda. é a essência do budismo pois fala da eternidade da vida, explica o porquê da existência humana. é também o relato da vida de Sakyamuni que veio como buda provisório nesta existência para atingir a iluminação e mostrar às pessoas que cada uma também pode atingir a iluminação. Uma grande epopéia da eternidade da vida.
Ni-ji-butsu-go. Sho-bo-satsu-gyu. I-sai-dai-shu. Sho-zen-nan-shi.Nyo-to-to-shin-gue. Nyo-rai-jo-tai-shi-go. Bu-go-dai-shu. Nyo-to-to-shin-gue. Nyo-rai-jo-tai-shi-go. U-bu-go. Sho-dai-shu. Nyo-to-to-shin-gue. Nyo-rai-jo-tai-shi-go. Ze-ji-bo-satsu-daí-shu. Mi-roku-i-shu. Ga-sho-byaku-butsu-gon. Se-son. Yui-gan-se-shi. Ga-to-to-shin-ju-butsu-go. Nyo-ze-san-byaku-i. Bu-gon. Yui-gan-se-shi. Ga-to-to-shin-ju-butsu-go. Ni-ji-se-son. Ti-sho-bo-satsu. San-sho-fu-shi. Ni-go-shi-gon.Nyo-to-tai-tyo. Nyo-rai-ri-mitsu.Jin-zu-shi-riki.
Nesse momento, o Buda dirigiu-se aos bodhisattvas e à grande assembléia: "Homens de fé devota, creiam e compreendam as palavras verdadeiras do Buda." E uma vez mais disse à grande assembléia:" Creiam e compreendam as palavras verdadeiras do Buda." E novamente dirigiu-se à assembléia: "Creiam e compreendam as palavras verdadeiras do Buda."Nesse momento, os bodhisattvas e a grande assembléia, tendo Miroku como líder, uniram as palmas das mãos e dirigiram-se ao Buda dizendo: "Venerável, suplicamo-lhe que nos explique. Acreditaremos e aceitaremos as palavras do Buda. "Eles repetiram essa frase três vezes e então fizeram pela quarta vez: "Suplicamos-lhe que nos explique. Acreditaremos e aceitaremos as palavras do Buda." Nesse momento, o Buda, vendo que os bodhisattvas repetiram sua súplica por mais de três vezes e que não iriam parar, diz-lhes o seguinte: "Ouçam atentamente sobre o segredo do Buda e seus poderes místicos.Cada dia reafirmamos nosso juramento de propagar a Lei Mística.Capítulo Juryo – a base dos ensinos do Buda. O capítulo começa com a frase "Nesse momento..." O capítulo Hoben também começa dessa forma. Porém, no capítulo Juryo, essa frase carrega um significado ainda maior. Basicamente, refere-se ao "momento" em que o Buda finalmente está para expor a Lei fundamental do ensino essencial. Em outras palavras, chegou o "tempo" em que as pessoas podem erradicar de suas vidas a escuridão fundamental – a fonte da ilusão que até mesmo os bodhisattvas mais desenvolvidos como Miroku não conseguiam superar facilmente. Além disso, a expressão "nesse momento" do capítulo Juryo indica o tempo posterior ao falecimento de Sakyamuni. E é em benefício das pessoas que viveriam após o falecimento do Buda que Miroku suplica a Sakyamuni que lhe exponha seu ensino."O segredo do Buda e seus poderes místicos" indicam o grande poder benéfico do Gohonzon. Nam-myoho-rengue-kyo é a identidade original de todos os budas.
I-sai-se-ken.ten-nin-gyu.A-shu-ra. Kai-i-kon-shaka-muni-butsu. Shu-shaku-shi-gu. Ko-ga-ya-jo. Fu-on. Za-o-do-jo. Toku-a-noku-ta-ra-san-myaku-san-bo-dai. Nen-zen-nan-shi. Ga-jitsu-jo-butsu-i-rai. Muryo-mu-hen. Hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta-ko.
Todos os seres dos mundos de Alegria, Tranqüilidade e também de Ira acreditam que o Buda Sakyamuni, após deixar o palácio dos Sakyas, sentou-se no local da meditação não muito distante da cidade de Gaya e ali atingiu a suprema e perfeita iluminação. No entanto, homens de fé devota, já se passaram infindáveis centenas de milhares de nayutas de kalpas.Sakyamuni declara que na realidade atingiu a iluminação no remoto passado, no tempo de Gohyaku-jintengo. Isto constitui a essência da revelação do capítulo Juryo ( Revelação da Vida Eterna do Buda ). Sakyamuni clama à infindável multidão de seres reunidos na Cerimônia do Ar: "Todos pensam que, após eu ter deixado o palácio e renunciado ao mundo aos dezenove anos, atingi a suprema iluminação pela primeira vez aos trinta anos na cidade de Gaya sob a árvore bodhi". As pessoas acreditavam que Sakyamuni havia atingido o estado de Buda pela primeira vez na presente existência. Essa idéia de sua iluminação é chamada "percepção inicial da iluminação". Elas assim acreditavam porque em todos os sutras anteriores e no ensino teórico ( primeira metade ) do Sutra de Lótus, Sakyamuni declarou que ele havia atingido o estado de Buda pela primeira vez em sua presente existência. Porém, no capítulo Juryo, ele refuta essa idéia – que ele próprio havia apresentado – e proclama: "Já se passaram infindáveis centenas de milhares de nayutas de kalpas desde que na realidade atingi o estado de Buda." Em outras palavras, ele revela que se tornou Buda no passado inconcebivelmente remoto. Isto é chamado "iluminação original no remoto passado". Sakyamuni descarta portanto sua condição provisória como um buda que apenas atingiu o Caminho em sua presente existência, e revela sua verdadeira identidade como o Buda que atingiu a iluminação no remoto passado. A isto chamamos "rejeitar o transitório e revelar o verdadeiro"(hossaku kempon).
Hi-nyo-go-hyaku. Na-yu-ta. A-so-gui. San-zen-dai-sen-kai- Ke-shi-u-nin. Ma-ti-mi-jin. Ka-o-to-bo. Go-hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta. Aso-gui-koku.Nai-gue-iti-jin.Nyo-ze-to-gyo. Jin-ze-mi-jin. Sho-zen-nan-shi. O-i-un-ga. Ze-sho-se-kai. Ka-toku-shi-yui. Kyo-ke-ti-go.shu-fu. Mi-roku-bo-sa-to. ku-byaku-butsu-gon. Se-son.Ze-sho-se-kai. mu-ryo-mu-hen. Hi-san-ju-sho-ti. Yaku-hi-shin-riki-sho-gyu. I-sai-sho-mon. Hyaku-shi-butsu. I-mu-ro-ti. Fu-no-shi-yui. Ti-go-guen-shu. Ga-to-ju. A-yui-o-ti-ji.O-ze-ji-tyu. Yaku-sho-fu-das-se-son. Nyo-ze-sho-se-kai. Mu-ryo-mu-hen.
Suponhamos que uma pessoa possa reduzir quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de grandes mundos em partículas de pó. Então, movendo-se para o Leste cada vez que passa por quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de países deixa cair uma partícula de pó. Essa pessoa continua rumando para o Leste até derrubar todas as partículas de pó. Homens de fé devota, qual é a sua opinião? Será que o total de todos esses países pelos quais ela passou pode ser imaginado ou calculado?O bodhisattva Miroku e os demais disseram ao Buda: "Venerável, esses países são tão imensuráveis e infinitos que ninguém pode calcular quantos são, tampouco a mente tem capacidade para abarcá-los. Nem mesmo todos os homens de Erudição e Absorção com sua sabedoria livre da ilusão poderiam imaginar ou calcular esse número. Embora estejamos no estágio de avivartika, não podemos compreender esta questão. Venerável, só podemos dizer que esses países são imensuráveis e infinitos.Nesta passagem, Sakyamuni emprega uma analogia para indicar há quanto tempo ele atingira o estado de Buda. O período de tempo que ele descreve desta forma é chamado gohyaku-jintengo, que literalmente significa "quinhentos kalpas em partículas de pó."Ele cita inicialmente os "quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de grandes mundos".Além de ser uma quantidade gigantesca, nayuta e asamkhya referem-se a números incalculavelmente elevados. Um número infinito multiplicado por um outro infinito resulta em um produto impossível de ser calculado.Na antiga cosmologia indiana um "mundo" corresponde ao universo inteiro. Mesmo um único mundo equivale a um espaço imenso com um sol e uma lua, tendo como centro o "Monte Sumeru, que se eleva a uma altura inimaginável. Um "grande mundo" consiste de um bilhão de mundos como esse.No capítulo juryo, entretanto, Sakyamuni fala de "quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de grandes mundos". Isto indica um número de mundos tão impressionante que supera inclusive a magnitude do cosmos tal como o conhecemos.O Bodhisattva Miroku, que no capítulo Juryo representa toda a assembléia, diz a Sakyamuni: "Venerável, esses países são tão imensuráveis e infinitos que ninguém pode calcular quantos são, tampouco a mente tem a capacidade para abarcá-los. "A frase "tampouco a mente tem capacidade para abarcá-los" indica que a compreensão está até mesmo além da sabedoria dos homens de Erudição e Absorção que haviam extinguido os desejos mundanos, e além do estado de vida dos grandes bodhisattvas que atingiram o estágio de não-retrocesso na fé. Essa compreensão, na realidade, não se refere à capacidade de avaliar a magnitude do número ou da extensão do tempo, mas sim ao nível do estado de vida.
Ni-ji-butsu-go. Daí-bo-as-shu. Sho-zen-nan-shi. Kon-to-fun-myo. Sem-go-nyo-to.Ze sho-se-kai. Nyaku-jaku-mi-jin. Gyu-fu-jaku-sha. Jin-ni-i-jin. Iti-jin-i-ko.ga-jo-butsu-i-rai. Bu-ka-o-shi. Hyaku-sem-man-noku. Na-yu-ta. A-so-gui-ko.
Nesse momento, o Buda dirigiu-se à multidão de grandes bodhisattvas: "Agora, homens de fé devota, eu lhes digo claramente. Suponhamos que todos esses mundos, tendo recebido ou não uma partícula de pó, sejam uma vez mais reduzidos a pó. Digamos que cada partícula represente um kalpa. O tempo transcorrido desde que eu na realidade atingi a iluminação supera esse número em cem quatrilhões de nayuta asamkhya de kalpas."Nesse trecho, dizendo que irá fazer uma clara proclamação, Sakyamuni revela o remoto passado de gohyaku –jintengo.Primeiro, ele pede que considerem todos os mundos percorridos que receberam ou não uma partícula de pó e que os reduzam novamente a pó.A seguir, ele converte esse número infinito de partículas em tempo, declarando: "Digamos que cada partícula represente uma kalpa." Uma kalpa é um período extremamente longo.Por fim, Sakyamuni revela que atingiu a iluminação no passado de "cem quatrilhões de nayuta asamkhya de kalpas" mais distante que esse número imensurável de kalpas. Esse período é gohyaku-jintengo.Gohyaku-jintengo indica um ponto no passado inconcebivelmente remoto. Ainda assim, a duração que ele representa parece-nos limitada. Isso porque, como gohyaku-jintengo refere-se ao ponto no tempo em que Sakyamuni tornou-se Buda, ele indica um período com início definido.Contudo, em sua essência, a iluminação de Sakyamuni é "sem início". O propósito de Sakyamuni em explicar o gohyaku-jintengo era refutar a visão sobre a sua iluminação, segundo a qual ele havia atingido o estado de Buda em um certo momento da presente existência.
Ji-ju-ze-rai. Ga-jo-zai-shi. Sha-ba-se-kai. Se-po-kyo-ke. Yaku-o-yo-sho. Hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta. A-so-gui-koku. Do-ri-shu-jo.
Desde então, tenho estado sempre neste mundo saha, pregando e ensinando a Lei. E onde quer que esteja tenho conduzido e beneficiado as pessoas de quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de mundos.Sakyamuni afirma logo no início que desde que atingiu o estado de Buda no remoto passado de gohyaku-jintengo, ele sempre veio pregando e ensinando a lei e instruindo as pessoas neste mundo saha. Em essência, ele afirma que o mundo saha é a terra pura onde o Buda do remoto passado habita eternamente. Esta é realmente uma revelação de imenso significado. De acordo com o segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, "neste ponto, Sakyamuni mudou completamente o pensamento budista".Este mundo saha é a verdadeira terra onde o Buda realiza infinitas atividades e conduz todas as pessoas a felicidade. Em conformidade, se procuramos uma terra pura fora deste mundo saha, então estamos buscando uma terra efêmera fora da verdadeira terra. Em outras palavras, nossos esforços são em vão; como se estivéssemos perseguindo uma sombra ou uma imagem.
Sho-zen-nan-shi.o-ze-tyu-guen. Ga-setsu-nen-to-bu-to. U-bu-gon-go. Nyu-o-ne-han. Nyo-ze-kai-i. Ho-bem-fun-betsu. Sho-zen-nan-shi. Nyaku-u-shu-jo. Rai-shi-ga-sho. Ga-i-butsu-guen. Kan-go-shin-to. Sho-kon-ri-don. Zui-sho-o-do. Sho-sho-ji-setsu. Myo-ji-fu.do. Nen-ki-dai-sho. Yaku-bu-guen-gon. To-nyu-ne-han. Ui-shu-ju-ho-bem. Setsu-mi-myo-ho. No-ryo-shu-jo. Ho-kan-gui-shin.
Homens de fé devota, durante aquele tempo ensinei sobre o Buda Nento e outros, e descrevi como eles entraram no nirvana. Utilizei tudo isso como um meio para estabelecer distinções.Homens de fé devota, quando as pessoas vêm ao meu encontro, emprego a visão do Buda para observar a sua fé e ver se as suas demais capacidades são aguçadas ou morosas e então, dependendo da receptividade delas, apareço em diferentes mundos e prego meus ensinos com diferentes nomes e descrevo a duração de tempo durante o qual meus ensinos permanecerão válidos. Em algumas ocasiões, quando faço o meu advento, digo a elas que estou para entrar no nirvana, e também emprego diferentes meios para ensinar a maravilhosa e mística a Lei, alegrando seus corações.No trecho anterior a este, Sakyamuni explicou que sempre esteve presente neste mundo saha empenhando-se continuamente para conduzir as pessoas à iluminação. Já neste trecho, ele esclarece que as suas explanações sobre o surgimento dos budas do passado e de sua entrada no nirvana eram simplesmente meios para conduzir as pessoas; e que esses budas do passado eram personificações que ele, Sakyamuni, como o Buda que atingiu a iluminação no remoto passado, havia manifestado.
Sho-zen-nan-shi. Nyo-rai-ken-shu-jo. Gyo-o-sho-bo. Toku-há-ku-ja-sha. I-ze-nin-setsu. Ga-sho-shu-ke. Toku-a-noku-ta-ra-san-myaku-san-bo-dai. Nen-ga-jitsu. jo-butsu-i-rai.ku-on-nyaku-shi. Tan-ni-ho-ben. Kyo-ke-shu-jo. Ryo-nyu-butsu-do. As-nyo-ze-setsu.
Homens de fé devota, eu, o Buda, observei que há muitas pessoas que se contentam com ensinos inferiores, que são pobres de virtudes e cheias de desejos mundanos. A elas ensinei que em minha juventude entrei para o sacerdócio e mais tarde atingi o anuttara - samyak - sambodhi (iluminação).Mas, na verdade, a época em que atingi a iluminação é extremamente remota, conforme já disse a vocês. Este é simplesmente um meio que emprego para ensinar e converter as pessoas, e fazer com que sigam o caminho do Buda. Esta é a razão porque falo dessa maneira.A batalha espiritual do Buda que prega a eternidade da vida.A vida daqueles que avançam rumo a grandes ideais e dedicam-se ao contínuo auto-aprimoramento é sempre permeada com esperança, realização e inspiração. Essas pessoas um brilho que emana de seu interior e um fascínio indescritível.O Sutra de Lótus é uma escritura que encoraja as pessoas a seguirem ao longo do caminho de contínuos avanços. "Objetive atingir o grande estado de vida do Buda", "Desenvolva o infinito universo em seu coração!" O Sutra de Lótus expõe esse supremo caminho.
Para ensinar o Sutra de Lótus, o Buda apresentou primeiro vários ensinos como um meio para conduzir as pessoas.
Aquelas "que se contentam com ensinos inferiores" (gyo-o-sho-bo) indicam pessoas , de forma geral, que se apegam a um sistema de valores ou senso de propósito de vida inferiores; e que, como resultado, não aspiram atingir o grandioso estado de vida do Buda."Pobres de virtudes e cheias de desejos mundanos" ( Toku-ha-ku-ja-sha ) significa que essas pessoas acumularam poucas causas para atingirem o estado de Buda, e que suas vidas são corrompidas pelos desejos mundanos, tais como a avareza , a ira, a estupidez, a arrogância, a dúvida, os pensamentos errôneos e a inveja.Todos os ensinos do Buda são verdadeiros.
Sho-zen-nan-shi. Nyo-rai-en-kyo-den. Kai-i-do-da-shu-jo. Waku-se-ko-shin. Waku-se-ta-shin. Waku-ji-ko-jin. Waku-ji-ta-shin. Waku-ji-ko-ji.Waku-ji-ta-ji. Sho-sho-gon-setsu. Kai-jitsu-fu-ko.
Homens de fé devota, todos os Sutras expostos pelo Buda têm como propósito salvar e iluminar as pessoas. Algumas vezes falo de mim mesmo, outras vezes falo dos outros; algumas vezes revelo a mim mesmo, outras vezes revelo os outros; algumas vezes mostro meus próprios atos, outras vezes, os atos dos outros. Tudo o que ensino é verdadeiro, nada é falso.Todos os sutras anteriores ao Sutra de Lótus expostos por Sakyamuni eram para conduzir as pessoas à iluminação. Aqui, Sakyamuni enfatiza que esses ensinos, quando expostos de diferentes pontos de vista, representam a verdade; que nenhum deles é falso.
Sho-i-sha-ga. Nyo-rai-nyo-ji-ti-ken. San-gai-shi-so. Um-u-sho-ji. Nyaku-tai-nyaku-shutsu. Yaku-um-zai-se. Gyu-metsu-do-sha. Hi-jitsu-hi-ko. Hi-nyo-hi-i-.Fu-nyo-san-gai. Ken-no-san-gai.Nyo-shi-shi-ji. Nyo-rai-myo-ken. Mu-u-sha-ku-myo.
Por que faço isso? A razão é que o Buda vê o verdadeiro aspecto do mundo tríplice exatamente como ele é. Não há fluxo nem refluxo de nascimento e morte, nem existência neste mundo e extinção depois. Ele não é substancial nem vazio, não é consistente nem diverso. Não é o que aqueles que habitam o mundo tríplice pensam que seja. Tudo isso o Buda vê claramente, totalmente livre de erros.O Buda vê o mundo exatamente como ele éNesta passagem, Sakyamuni esclarece a extraordinária perspectiva do Buda sobre a vida que, pode-se dizer, representa a essência do Budismo. Este Sutra, em outras palavras, detém a chave para elevar o estado de vida de toda a humanidade.Provavelmente, não há para os seres humanos uma questão tão íntima e ao mesmo tempo tão distante e misteriosa como o nascimento e a morte. Tenho certeza de que o capítulo Juryo do Sutra de Lótus oferece a solução mais fundamental e convincente para este enigma. E essa passagem, por sua vez, contém uma parte importante dessa solução.
I-sho-shu-jo. U-shu-ju-sho. Shu-ju-gyo. Shu-ju-oku-so. Fun-be-ko. Yoku-ryo-sho-sho-zen-gon. I-nya-kan-in-nen. Hi-yu-gon-ji.Shu-ju-se-po. Sho-as-butsu-ji. Mi-zo-zan-pai.
As pessoas possuem naturezas, desejos, comportamentos, pensamentos e julgamentos diferentes. Por essa razão emprego diferentes ensinos, várias parábolas e histórias sobre relações causais para possibilitá-las a criarem boas causas. Esta prática, própria de um Buda, eu a tenho realizado ininterruptamente, sem nunca negligenciá-la por um momento sequer.A promessa do Buda de conduzir todas as pessoas à iluminação.Essa passagem esclarece a sabedoria do Buda para beneficiar as pessoas. Refere-se `promessa benevolente do Buda de não permitir que uma única pessoa seja esquecida ou excluída.A sabedoria do Buda que vê o verdadeiro aspecto do mundo tríplice exatamente como ele é constitui a "visão da benevolência", que preza afetuosamente todas as pessoas sem discriminação. É também a "visão da democracia", que respeita a individualidade de cada pessoa.
Nyo-ze. Ga-jo-butsu-i-rai. Jin-daí-ku-on. Ju-myo-um-ryo.A-so-gui-ko. Jo-ju-fu-metsu. Sho-zen-nan-shi. Ga-hongyo-bo-satsu-do. Sho-jo-ju-myo. Kon-yu-mi-jin. Bu-bai-jo-shu.
Desta forma, desde que atingi a iluminação, um período de tempo extremamente longo se passou. A extensão da minha vida é de infindáveis asamkhya de kalpas, e durante esse tempo sempre estive aqui sem ter entrado em extinção. Homens de fé devota, uma vez eu também realizei a prática de bodhisattva, e a vida que eu alcancei ainda perdura sem se exaurir. Ela durará ainda duas vezes o tempo de gohyaku jintengo.O texto, dessa parte em diante, está basicamente voltado para o futuro.A julgar pela aparência, o capítulo Juryo (Revelação da vida eterna do Buda) pode parecer um esclarecimento sobre o remoto passado de Gohyaku Jintengo. Na realidade, entretanto, o verdadeiro propósito desse capítulo está voltado para o futuro.Nitiren Daishonin diz que embora tenhamos a impressão de o Buda estar expondo os eventos do passado, quando examinamos esta passagem, podemos perceber que, na realidade, ele está se referindo especialmente ao período após seu falecimento. Ele está explicando eventos do passado como um precedente.
Nen-kon-hi-jitsu-metsu-do. Ni-ben-sho-gon. To-shu-metsu-do. Nyo-rai-i-ze-ho-ben. Kyo-ke-shu-jo. Sho-i-sha-ga. Nyaku-bu-ku-ju-o-se. Haku-toku-shi-nin. Fu-shu-zen-gon. Bin-gu-gue-sem. Ton-jaku-go-yoku. Nyu-o-oku-so. Mo-ken-mo-tyu. Nya-ken-nyo-rai. Jo-zai-fu-metsu. Ben-ki-kyo-shi. Ni-e-en-daí. Fu-no-sho-o. Nan-zo-shi-so. Ku-gyo-shi-shin.
Embora na realidade jamais entre em extinção, prenuncio minha própria morte. Esse é um meio hábil empregado pelo Buda para ensinar e converter as pessoas.Porque faço isso? Porque se o Buda permanece no mundo por um longo tempo, as pessoas de poucas virtudes não conseguirão acumular boas causas, por viverem na pobreza e na miséria irão se apegar aos cinco desejos e cairão nas armadilhas dos pensamentos ilusórios. Se vêem que o Buda sempre se encontra neste mundo e que nunca entra em extinção, agirão com arrogância e egoísmo, ficarão desencorajados ou se tornarão negligentes. Não conseguirão compreender o quanto é difícil encontrar o Buda e não irão se aproximar dele com respeito e reverência.O ato de Sakyamuni entrar no Nirvana foi um meio por ele empregado para conduzir as pessoas ao supremo estado de vida, o estado de Buda. O ensino do capítulo Juryo (Revelação da Vida Eterna do Buda) é a cristalização da luta espiritual de Sakyamuni para gravar a sabedoria e a benevolência do Buda na vida de seus discípulos e fazê-los avançar pelo mesmo caminho que ele.
Ze-ko-nyo-rai.I-ho-ben-setsu. Bi-ku-to-ti.Sho-bu-shu-se. Nan-ka-ti-gu. Sho-i-sha-ga. Sho-haku-toku-nin. Ka-um-ryo. Hyaku-sen-man-no-ko. Waku-u-ken-butsu. Waku-fu-ken-sha.I-shi-ji-ko. Ga-sa-ze-gon.Sho-bi-ku. Nyo-rai-nan-ka-to-ken. Shi-shu-jo-to. Mon-nyo-ze-go. Hi-to-sho-o. Nan-zo-shi-so. Shin-nen-ren-bo. Katsu-go-o-butsu. Ben-shu-zen-gon. Ze-ko-nyo-rai. Sui-fu-jitsu-metsu. Ni-gon-metsu-do. U-zen-nan-shi. Sho-butsu-nyo-rai. I-do-shu-jo. Kai-jitsu-fu-ko
Então, como um meio hábil, o Buda diz: "Monges, devem saber que é muito raro viver na mesma época em que o Buda aparece no mundo". Qual é a razão disso? Porque mesmo decorrido um tempo inimaginável de cem, mil, dez mil, cem mil kalpas entre as pessoas de poucas virtudes, algumas terão oportunidade de ver o Buda e outras não. Por esta razão, eu lhes digo: "Monges, é extremamente difícil conseguir ver o Buda". Ao ouvirem essas palavras, as pessoas compreenderão como é rara a oportunidade de ver um Buda. Em seus corações surgirão a vontade e o desejo ardente de contemplá-lo. Assim, elas o respeitarão e se esforçarão para acumular boas causas. Portanto, o Buda anuncia sua própria morte mesmo que na realidade isso não ocorra.Homens de fé devota, todos os budas ensinam a Lei assim, através de meios. Eles agem para salvar as pessoas, de maneira que o fazem é verdadeiro, nunca falso.Encontramos o Gohonzon devido a nossa profunda relação com o Buda.Essa passagem explica o significado insubstituível e o valor supremo que adquire a vida de uma pessoa quando ela consegue estabelecer uma relação com o Buda. O budismo ensina a importância de uma pessoa retribuir aos débitos de gratidão para com seu mestre. O mestre literalmente canaliza cada dose de energia para treinar seus discípulos de forma a possibilitá-los a superar a arrogância e a dependência, e avançarem ao longo do nobre e correto caminho de "a fé equivale à vida diária". Essa passagem demonstra o imenso débito de gratidão dos discípulos para com o Buda.
Hi-nyo-ro-i. Ti-e-so-datsu. Myo-ren-ho-yaku. Zen-ji-shu-byo. Go-nin-ta-sho-shi-soku. Nyaku-ju-ni-ju. Nai shi-hyaku-shu. I-u-ji-en. On-shi.yo-koku.
Imaginem, por exemplo, que haja um médico sábio e habilidoso que sabe como preparar remédios para curar eficazmente todos os tipos de doenças. Ele tem muitos filhos, talvez dez, vinte ou até mesmo cem. O médico viaja para uma terra distante para tratar de um determinado assunto.O Buda é o "Rei dos Médicos" que cura os sofrimentos fundamentais da vida".As parábolas são expressões da benevolência do Buda. Este é o início da famosa parábola do médico habilidoso e seus filhos doentes, ou a "Parábola do Bom Médico".
No segundo capítulo do Sutra de Lótus, "meios", Sakyamuni disse: "tenho exposto meus ensinos utilizando várias histórias sobre relações causais, parábolas e inúmeros meios." Na verdade, as escrituras budistas estão repletas de parábolas, alegorias e metáforas. Para possibilitar às pessoas compreenderem seu profundo ensino e torná-lo amplamente acessível, o Buda explicou-o usando diversos exemplos e comparações brilhantemente concebidos.
Sho-shi-o-go. On-ta-doku-yaku. Yaku-hotsu-mon-ran. En-den-u-ji. Ze-ji-go-bu. Guen-rai-ki-ke. Sho-shi-on-doku. Waku-shitsu-hon-shin. Waku-fu-ken-sha. Yo-ken-go-bu. Kai-dai-kan-gui. Hai-ki-mon-jin. Zen-nan-non-ki. Ga-to-gu-ti. Go-buku-doku-yaku. Gan-ken-ku-ryo. Kyo-shi-ju-myo.
Na ausência do pai, os filhos bebem um certo tipo de veneno que os faz enlouquecerem de dor e contorcerem-se no chão.Nesse momento, o pai retorna para casa e percebe que eles haviam tomado veneno. Alguns haviam perdido totalmente a razão, enquanto outros, não. Ao notarem que o pai havia retornado de tão longe, felizes, os filhos o abraçam implorando de joelhos: "Que bom que está aqui a salvo. Fomos estúpidos ao tomar veneno por engano! Suplicamos-lhe que nos cure e nos deixe continuar a viver!"O Buda concede às pessoas a força para viver.Nesse trecho, continuamos a estudar a Parábola do Bom Médico. Após o pai Ter partido, os filhos, em vez de beberem o remédio preparado por ele, tomam por engano uma poção de veneno preparada por uma outra pessoa. Mesmo em meio a uma dor extrema, as crianças regozijam-se ao ver que o pai havia voltado. O retorno dele deixou-os tranqüilos e confiantes. O médico representa o Buda, e seus filhos, as pessoas em geral. O veneno ingerido pelas crianças indica os ensinos errôneos que não foram expostos pelo Buda.
Bu-ken-shi-to. Ku-no-nyo-ze. E-sho-kyo-bo. Gu-ko-yaku-so. Shiki-ko-mi-mi. Kai-shitsu-gu-soku.To-shi-wa-go. Yo-shi-ryo-buku. Ni-sa-ze-gon. Shi-daí-ro-yaku. Shiki-ko-mi-mi. Kai-shitsu-gu-soku. Nyo-to-ka-buku. Soku-jo-ku-no. Mu-bu-shu-guen.
O pai, vendo seus filhos naquele sofrimento, começa a preparar várias prescrições. Colhe excelentes ervas medicinais que reúnem todas as qualidades de cor, fragrância e sabor. Ele então as mói, peneira e as mistura. Oferece uma dose para os filhos e lhes diz: "este é um remédio altamente benéfico que reúne todas as qualidades de cor, fragrância e sabor. Tomem-no e irão se sentir rapidamente aliviados de seus sofrimentos e livres de todos os males".A humanidade anseia pelo "remédio altamente benéfico" da Lei Mística.Há algum pai que, ao ver seus filhos sofrendo, não tentaria aliviar a dor deles? O Buda, do mesmo modo, compartilha os sofrimentos de todas as pessoas como se fossem os dele próprio.A verdadeira solidariedade consiste em aliviar os sofrimentos das pessoas e proporcionar-lhes alegria; e não apenas em sentir piedade ou condoer-se pelo sofrimento alheio. O Buda une-se às pessoas em todas as lutas e preocupações até que consiga realmente eliminar seus sofrimentos e conceder a verdadeira felicidade e paz de espírito.
Go-sho-shi-tyu. Fu-shi-shin-ja. Ken-shi-ro-yaku. Shiki-ko-gu-ko. Soku-bem-buku-shi. Byo-jin-jo-yu. Yo-shi-shin-ja. Ken-go-bu-rai. Sui-ya-kan-gui-mon-jin. Gu-shaku-ji-byo. Nen-yo-go-yaku. Ni-fu-ko-buku. Sho-i-sha-ga. Do-ke-jin-nyu.Shi-pon-shin-ko. O shi-ko-shiki-ko-yaku. Ni-i-fu-mi.
As crianças que ainda estavam com a mente sã compreendem que se trata de um remédio excelente tanto na cor como na fragrância; pelo fato de beberem-no rapidamente, conseguem se curar por completo da enfermidade. As que haviam perdido a razão alegram-se igualmente ao ver o pai regressar e suplicam-lhe que as cure, porém quando este lhes dá o remédio, recusam-se a tomá-lo. Por quê? Porque o veneno havia penetrado profundamente e a mente delas já não mais raciocinava como antes. Assim, embora o remédio tivesse excelente cor e fragrância, elas não percebem o bem que ele faz.Utilizar a sabedoria do Buda para corrigir os desvios da sociedade. Todos querem ser felizes e viver bem com os outros. Ninguém deseja conviver com alguém em um ambiente de ódio e desprezo mútuos.Na realidade, contudo, vemos pessoas que vivem exatamente nessas condições. Com freqüência, as pessoas rolam pela ladeira da desventura devido a erros de julgamento por preocuparem-se demasiadamente com assuntos triviais. Muitas entram em conflito ou iniciam disputas por questões que, de uma perspectiva mais ampla, são realmente insignificantes.Apesar de, em seu íntimo, as pessoas buscarem desesperadamente a felicidade, nos momentos cruciais seguem justamente para a direção oposta. As crianças enfermas citadas nesse trecho representam os seres humanos tolos ou de mente distorcida, incapazes de fazer julgamentos corretos.
O Buda utiliza a luz da sabedoria para guiar a vida desvirtuada das pessoas para a direção correta, ou seja, para a felicidade. Essa é a lição que a Parábola do Bom Médico deixa a todos nós.
Bu-as-ze-nen. Shi-shi-ka-min. I-doku-sho-tyu. Shin-kai-tem-do. Sui-ken-ga-ki. Gu-sha-ku-ryo. Nyo-ze-ko-yaku. Ni-fu-ko-buku. Ga-kon-to-setsu-ho-bem. Ryo-buku-shi-yaku.Soku-as-ze-gon. Nyo-to-to-ti. Ga-kon-sui-ro. Shi-ji-i-shi. Ze-ko-ro-yaku. Kon-ru-zai-shi. Nyo-ka-shu-buku. Motsu-fu-sai.
O pai pensa: "Meus pobres filhos! O veneno ingerido afetou-lhes a mente por completo. Apesar de estarem felizes por me verem e pedirem que os cure, recusam-se a tomar este excelente remédio. Agora terei de recorrer a algum meio para que eles tomem o remédio." Assim sendo, ele diz para as crianças: "Ouçam meus filhos, estou ficando velho e fraco. A minha vida está chegando ao fim. Deixo aqui este excelente remédio para vocês. Devem tomá-lo sem se preocupar se fará efeito."Ao ver que os filhos se negavam terminantemente a tomar o remédio, o pai pensa: "meus pobres filhos!" São palavras que comovem a alma e transmitem a profunda benevolência do Buda, que visa a guiar todos, sem exceção, à felicidade. Porém, o pai não os obriga a tomar o remédio.As "distorções" que se ocultam nas profundezas do coração humano não se transformam por meios compulsivos. É importante que as pessoas tomem o remédio e o aceitem por vontade própria. Isso porque a "visão correta" para perceber a própria condição diretamente e sem distorções já existe nessa mesma ação.O pai, movido pelo amor e preocupação por seus filhos, em seu desejo de que manifestem sua automotivação, em vez de obrigá-los, utiliza a sua sabedoria para fazer com que tomem o remédio por vontade própria.
As-ze-kyo-i. Bu-shi-ta-koku. Ken-shi-guen-go.Nyo-bu-i-shi. Ze-ji-sho-shi. Mon-bu-hai-so. Shin-dai-u-no. Ni-as-ze-nen. Nyaku-bu-zai-sha. Ji-min-ga-to.No-ken-ku-go. Kon-ja-sha-ga. On-so-ta-koku. Ji-yui-ko-ro. Mu-bu-ji-ko. Jo-e-hi-kan. Shin-zui-sho-go. Nai-ti-shi-yaku. Shiki-ko-mi-mi. Soku-shu-buku-shi. Doku-byo-kai-yu. Go-bu-mon-shi. Shi-ti-toku-sai. Jin-bem-rai-ki. Guen-shi-ken-shi.
Logo após ter dado essas instruções, ele parte rumo a outras terras, de onde envia um mensageiro para anunciar aos filhos: "Vosso pai faleceu". Nesse momento, os filhos, ao escutarem que o pai os havia abandonado e morrido, são tomados pela dor e consternação e pensam: "se nosso pai ainda estivesse vivo, teria piedade de nós e faria algo para nos salvar. Porém, ele nos abandonou e morreu em alguma terra distante. Agora somos órfãos desprotegidos e não temos ninguém em quem possamos confiar!"Sentindo essa angústia constante, por fim recobram a razão e compreendem que o remédio de fato tem excelente cor, fragrância e sabor. As crianças tomam o remédio, sendo portanto curadas de todos os efeitos do veneno. O pai, ao saber da cura dos filhos, regressa imediatamente para casa e aparece diante deles uma vez mais.Os Bodhisattvas da Terra são nobres emissários do Buda que conduzem as pessoas à felicidade. O Buda é o supremo líder de toda a humanidade, que se levantou resoluto pela felicidade eterna de todas as pessoas. "Como posso salvar as pessoas do sofrimento após a minha morte? Essa é a questão mais importante que confronta o Buda; nesse ponto encontra-se sua verdadeira missão.
Sho-zen-nan-shi. O-i-un-ga. Ha-u-nin-no. Se-shi-ro-i.Ko-mo-zai-fu. Ho-tya.Se-son. Butsu-gon. Ga-yaku-nyo-ze. Jo-butsu-i-rai. Mu-ryo-mu-hen. Hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta. A-so-gui-ko. I-shu-jo-ko.I-ho-ben-riki. Gon-to-metsu-do. Yaku-mu-u-no. Nyo-ho-setsu-ga. Ko-mo-ka-sha. Ni-ji-se-son. Yoku-ju-sem-shigui. Ni-setsu-gue-gon.
"Homens de fé devota, o que acham disso? Poderia alguém acusar este médico habilidoso de mentiroso?"Não, Honorável."Então o Buda disse: "O mesmo sucede comigo. Uma infinidade de centenas de milhares de nayuta e de asamkhya de kalpas decorreram desde que atingi o estado de Buda. Porém, pelo bem dos seres vivos, emprego o poder dos meios hábeis e digo que vou entrar em extinção. Entretanto, em vista das circunstâncias, ninguém pode acusar-me de mentiroso.Nesse momento, o Buda, desejando enfatizar uma vez mais o seu ensino, começa a dizer em forma de versos poéticos...Depois de concluir a Parábola do Bom Médico, Sakyamuni apresenta a seguinte questão a seus discípulos: "Poderia alguém acusar este médico habilidoso de mentiroso?"Que acham disso?" ele pergunta. "Com certeza, não irão dizer que ele é um mentiroso, não é mesmo?"Ele espera a concordância de seus discípulos e então declara: "O mesmo sucede comigo." E prossegue explicando qual o seu propósito mediante a analogia com o bom médico.Esta é outra passagem que revela o relacionamento sincero que Sakyamuni mantinha com seus discípulos. Com certeza, não se tratava de um monólogo. Sakyamuni não foi um homem arbitrário nem dogmático.
Na realidade, no mundo de hoje é muito difícil encontrar líderes dotados de tamanha magnanimidade como a dele.
Jigague Parte em verso do Capítulo Juryo revelação da vida eterna do buda.
O jigague é um canto de louvor ao "eu superior" qual o significado de jigague? o gue, no final da palavra jigague quer dizer "verso". em outras palavras, chama-se gue o texto que relata os ensinos do buda ou que enaltece as virtudes do buda e dos bodhisattvas por meio de versos poéticos. gue são escrituras budistas que devido ao ritmo poético, são fáceis de recitar e de memorizar. pelo fato de esses versos começarem com as palavras ji ga toku burai, são chamados "jigague".
Ji-ga-toku-bu-rai. Sho-kyo-sho-ko-shu. Mu-ryo-hyaku-sen-man. Oku-sai-a-so-gui.Jo-se-po-kyo-ke. Mu-shu-oku-shu-jo.Ryo-nyu-o-butsu-do. Ni-rai-mu-ryo-ko.
Desde que atingi o estado de Buda, infindáveis asamkhya de kalpas transcorreram. Constantemente venho pregando, ensinando e propagando a Lei a milhares de seres vivos. Fazendo com que entrem no Caminho do Buda, e tudo isso durante intermináveis kalpas.Do ponto de vista literal, a passagem "Desde que atingi o estado o estado de Buda" (Ji ga toku bu rai) significa: desde que Sakyamuni tornou-se um Buda. Porém, o texto apresenta um significado mais profundo quando interpretado do ponto de vista de seu significado implícito.Com relação à frase "atingi o estado de Buda", meu mestre dizia:
"O estado de Buda não é algo que nos chega de fora. Ao contrário, essa passagem descreve com clareza a função do estado de Buda que surge das profundezas da nossa vida.
"I-do-shu-jo-ko. Ho-ben-guen-ne-han. Ni-jitsu-fu-metsu-do. Jo-ju-shi-se-po. Ga-jo-ju-o-shi. I-sho-jin-zu-riki. Ryo-ten-do-shu-jo. Sui-gon-ni-fu-ken.
Como um meio hábil aparento entrar no nirvana para salvar todas as pessoas. Mas, na realidade, não entro em extinção. Sempre estou aqui ensinando a Lei.Sempre estou aqui. Porém, devido ao meu poder místico as pessoas de mentes distorcidas não conseguem me ver mesmo quando estou bem perto delas.No capítulo Juryo ( Revelação da Vida Eterna do Buda ) esclarece que o Buda apenas aparenta entrar em extinção ou no nirvana como um meio hábil.
A verdade é que, devido a sua benevolência e sabedoria, ele continua a empenhar-se eternamente para conduzir as pessoas à felicidade.
Shu-ken-ga-metsu-do. Ko-ku-yo-sha-ri.Guen-kai-e-ren-bo. Ni-sho-katsu-go-shin. Shu-jo-ki-shin-buku. Shiti-jiki-i-nyu-nan.I-shin-yo-ken-butsu Fu-ji-shaku-shin-myo. Ji-ga-gyu-shu-so. Ku-shutsu-ryo-ju-sen.
Quando essa multidão de seres vê que entrei no nirvana, consagra muitas oferendas às minhas relíquias. Todos abrigam o desejo único e ardente de contemplar-me. Quando esses seres realmente se tornam fiéis, honestos, justos e de propósitos pacíficos, quando ver o Buda é o seu único pensamento, não hesitando mesmo que isso custe a própria vida, então, eu apareço junto à assembléia de discípulos sobre o Sagrado Pico da Águia.O Gongyo que realizamos todas as manhãs e todas as noites é uma cerimônia que funde o microcosmo da nossa vida com o macrocosmo de Universo formando um coro harmonioso. O som da lei Mística, das vozes recitando o Daimoku, é um "canto universal".A cada manhã e noite, imergimos na sinfonia da Lei Mística que reverbera por todo o Universo.
Os budas, bodhisattvas e deuses budistas das três existências e das dez direções nos envolvem com seu louvor e proteção.
Ga-ji-go-shu-jo. Jo-za-shi-fu-metsu. I-ho-ben-ri-ko. Guen-u-metsu-fu-metsu. Yo-koku-u-shu-jo. Ku-gyo-shin-gyo-sha.Ga-bu-o-hi-tyu.I setsu-mu-jo-ho. Nyo-to-fu-mon-shi.Tan-ni-ga-metsu-do. Ga-ken-sho-shu-jo. Motsu-zai-o-ku-kai. Ko-fu-i-guen-shin. Ryo-go-katsu-go. In-go-shin-ren-bo. Nai-shutsu-i-se-po.
Nesse momento, digo à multidão de seres: Eu sempre estou aqui, jamais entro em extinção.No entanto, como um meio hábil, algumas vezes aparento entrar no nirvana. E outras vezes, não. Quando em outras terras há seres que desejam respeitosa e sinceramente crer, então eu também, junto a eles, pregarei esta Lei insuperável. Porém, não compreendendo minhas palavras, todos aqui insistem em pensar que eu morri. Quando vejo os seres afogados em um mar de sofrimentos eu não me exponho, para dessa forma fazer com que anseiem contemplar-me.Então, quando seu coração se enche de ansiedade, finalmente apareço e ensino a Lei para eles.O Buda é como um sol entre as pessoas.O Buda é como um sol entre as pessoas. Ele surge onde há indivíduos com espírito de procura iluminando sua vida com o brilho de um sol.Um dos discípulos de Sakyamuni compôs um poema louvando a grandiosidade de seu mestre: "Vejam o esplendor do grande! Não brilha como um sol no firmamento?"O Sol sempre brilha solenemente, mesmo em ocasiões em que esteja encoberto por um manto de nuvens, não podendo assim ser visto da Terra.
Do mesmo modo, o Buda está sempre presente no mundo. A frase "Eu sempre estou aqui, jamais entro em extinção" descreve o verdadeiro aspecto da vida do Buda.
Jin-zu-riki-nyo-ze. O-a-so-gui-ko. Jo-zai-ryo-ju-sen. Gyu-yo-sho-ju-sho.Shu-jo-ken-ko-jin. Dai-ka-sho-sho-ji. Ga-shi-do-an-non. Tem-nin-jo-ju-man. On-rin-sho-do-kaku. Shu-ju-ho-sho-gon. Ho-ju-ta-ke-ka. Shu-jo-sho-yu-raku. Sho-tem-gyaku-tem-ku.Jo-as-shu-gui-gaku. U-man-da-ra-ke. San-butsu-gyu-dai-shu
.Assim são meus poderes místicos. Por asamkhya de kalpas, sempre estive no Pico da Águia e em muitos outros lugares. Enquanto os seres presenciam o final de um kalpa e tudo é consumido em chamas, esta minha terra permanece segura e tranqüila, sempre cheia de seres humanos e seres celestiais. Vários tipos de gemas adornam seus corredores e pavilhões, jardins e bosques. Árvores preciosas dão flores e frutos em profusão, sob as quais os seres vivem felizes e tranqüilos. As divindades fazem repicar os tambores celestiais interpretando, sem cessar, a música mais diversa. Uma chuva de flores de mandara cai, espalhando suas pétalas sobre o Buda e a grande assembléia.Existe em nossa vida um paraíso indestrutível.Qual é o propósito da vida? A felicidade. E qual é o propósito da religião ou da fé? Deve ser igualmente a felicidade do ser humano.
O que, então, vem a ser felicidade? Em que consiste uma vida feliz?Se a felicidade pudesse ser encontrada nos prazeres efêmeros, o mundo estaria transbordando de felicidade. Se a verdadeira felicidade pudesse ser encontrada em uma vida só de entretenimento, então, o mais apropriado seria consagrar-se ao hedonismo. Porém, do ponto de vista da eternidade da vida, por todo o passado, presente e futuro, essa felicidade é uma ilusão e, no final irá se mostrar inútil e vazia.
Ga-jo-do-fu-ki. Ni-shu-ken-sho-jin. U-fu-sho-ku-no. Nyo-ze-shitsu-ju-man Ze-sho-zai-shu-jo.I-aku-go-in-nen.Ka-a so-gui-ko.Fu-mon-san-bo-myo.
Minha terra pura é indestrutível, porém, a multidão a vê consumir-se em chamas, mergulhada em sofrimentos, angústia e temor. Esses seres devido a suas várias ofensas e causas provenientes de suas más ações, passam asamkhya de kalpas sem escutar o nome dos três tesouros.A fé corresponde a uma grande revolução em nosso modo de pensar."Minha terra pura é indestrutível." Que força emana essas palavras! Este mundo saha é a verdadeira terra do Buda eterno. É o palco real onde o Buda "imortal" empenha-se resolutamente para levar todas as pessoas à felicidade. Portanto, ela não pode ser destruída. Essa é a declaração do Buda.Quando nos embasamos firmemente nessas palavras do Buda, todo o temor desaparece. A nossa convicção de que habitamos em uma terra pura e indestrutível se manifesta como uma coragem invulnerável, como uma esperança sem fim. E brota em nossa vida o poder transformador para converter "um mundo impermanente e impuro" em "uma eterna terra pura".
Sho-u-shu-ku-doku. Nyu-wa-shiti-jiki-sha.So-kai-ken-ga-shin. Zai-shi-ni-se-po.Waku-ji-i-shi-shu. Setsu-butsu-ju-mu-ryo. Ku-nai-ken-bu-sha. I-setsu-butsu-nan-ti.
Mas os que praticam os caminhos meritórios, que são nobres e pacíficos, corretos e sinceros, todos me vêem aqui em pessoa, ensinando a Lei. Às vezes para essa multidão exponho que a duração da vida do Buda é imensurável; e para aqueles que o vêem somente após um longo tempo exponho o quanto é difícil encontrar-se com ele.Praticar a Lei Mística de forma "correta e sincera" produz grandes benefícios.Podemos receber grandes benefícios da lei Mística se mantivermos a fé com uma conduta correta e sincera. Indica que as pessoas nobres e pacíficas que acumularam benefícios podem ver o Buda expor a Lei em prol da felicidade das pessoas.As palavras "nobres e pacíficos" referem-se a possuir uma mente aberta, ampla e flexível. Isso não que dizer, de modo algum, que devamos se volúveis.
Ao contrário, revela a conduta de ver a verdade exatamente como ela é, sem deixarmo-nos influenciar pelos preconceitos, tendências, aparências e outros fatores semelhantes.
Ga-ti-riki-nyo-ze. E-ko-sho-mu-ryo. Ju-myo-mu-shu-ko. Ku-shu-go-sho-toku. Nyo-to-u-ti-sha. Mo-to-shi-sho-gui. To-dan-ryo-yo-jin. Butsu-go-ji-pu-ko.
O poder de minha sabedoria é tamanho que seus raios iluminam o infinito. Minha vida, extensa como incontáveis kalpas, é resultante de uma prática muito longa. Homens de sabedoria, não abriguem nenhuma dúvida sobre isso! Livrem-se das dúvidas definitivamente, pois as palavras do Buda são sempre verdadeiras.Avancemos banhados pela grandiosa luz do Gohonzon.Esta passagem descreve a ilimitada sabedoria do Buda que, como o sol primaveril, rejuvenesce e nutre todas as formas de vida. A primavera provoca uma completa explosão de vida; de flores magníficas e de folhas novas que, banhadas pela grande luz do Sol, manifestam sua vitalidade umas competindo para sobressair mais do que outras. Da mesma forma, a grande luz da sabedoria do Buda brilha e nutre os botões do estado do Buda na vida de todas as pessoas.
Nyo-i-zen-ho-ben. I-ji-o-shi-ko. Jitsu-zai-ni-gon-shi. Mu-no-se-ko-mo. Ga-yaku-i-se-bu. Ku-sho-ku-guen-sha.
O Buda é como um excelente médico que se vale de meios hábeis para curar seus filhos iludidos. Embora na realidade esteja vivo, anuncia que entrou no nirvana. Porém, ninguém pode acusá-lo de mentiroso. Eu sou o pai deste mundo e salvo aqueles que sofrem e os que encontram aflitos.O Buda é uma pessoa de ação com os olhos fixos na humanidade.Ao se comunicarem com o ritmo vibrante do jigague, que incorpora, em essência, o estado de vida do Buda, com certeza aqueles que viveriam após Sakyamuni poderiam ouvir sua voz, o som de seu coração, atravessando a vastidão do tempo e do espaço. Pode-se dizer que, em parte por essa razão, o Sutra de Lótus tem sido tão respeitado e amplamente recitado pelas pessoas ao longo do tempo.
I-bon-bu-ten-do. Jitsu-zai-ni-gon-metsu.I-jo-ken-ga-ko. Ni-sho-kyo-shi-shin. Ho-itsu-jaku-go.yoku. Da-o-aku-do-tyu. Ga-jo-ti-shu-jo. Gyo-do-fu-gyo-do. Zui-o-sho-ka-do. I-se-shu-ju-ho.
Devido à ilusão das pessoas, apesar de eu estar vivo, anuncio que entrei no nirvana. Pois se me vissem constantemente, a arrogância e o egoísmo tomariam conta de seu coração. Ignorando as restrições, entregariam–se aos cinco desejos, e cairiam nos maus caminhos da existência. Estou sempre ciente de que são as pessoas que praticam o Caminho e as que não o praticam, e, em resposta às suas necessidades de salvação ensino-lhes várias doutrinas.O "caminho" é o Sutra de Lótus.Se as pessoas crêem que o Buda está sempre perto delas podem tornar-se arrogantes ou criar uma relação de dependência para com ele. Por fim, elas acabam caindo nos maus caminhos da existência devido ao seu apego aos cinco desejos.
Nessa condição, não é possível que atinjam o estado de Buda.Portanto, como um meio hábil, o Buda explica que entrará no nirvana. Munido de imensa benevolência ele sempre ensina a Lei de forma que as pessoas possam criar e desenvolver uma verdadeira autonomia.
Mai-ji-as-ze-nen.I ga-ryo-shu-jo. Toku-nyu-mu-jo-do. Soku-jo-ju-bu-shin.
Medito constantemente: Como posso conduzir as pessoas ao caminho supremo e fazer com que adquiram rapidamente o corpo de um buda?O grande voto do Buda de conduzir todas as pessoas à felicidade.Este trecho revela a determinação eterna do Buda, seu grande desejo desde o tempo sem início. O Buda anseia por uma única coisa: ajudar as pessoas a atingir a felicidade suprema. Esse é o pensamento constante de Sakyamuni, conforme suas próprias palavras.
Bibliografias recomendadas: Sutra de Lótus - Preleção dos capítulos hoben e Juryo - Daisaku Ikeda
A sabedoria do Sutra de Lótus - Daisaku Ikeda Editora Brasil Seikyo
25 de jan. de 2009
Forjar uma prática de grande avanço
Forjar uma prática de grande avanço
Uma mensagem de Matilda Buck, responsável da Divisão Feminina da SGI-USA -
tradução não oficial de Ariel Ricci aricci@estadao.com.br do artigo publicado no jornal da SGI-USA
Ultimamente, tenho falado com pessoas que chegaram a uma parede após mais de 20 anos de prática. A maioria das pessoas poderia pensar que depois de décadas de prática, a vida deveria estar plena de profunda satisfação. Creio que tudo o que experimentamos nos prepara para o passo seguinte; e sempre há um passo seguinte. O sei porque foi depois de 20 anos de prática – depois de ter realizado mudanças enormes na minha vida - que encontrei-me imersa numa tristeza impossível de negar. A tristeza profundamente enraizada que achei ter erradicado, só tinha ficado oculta.
Isso não era o pior; na medida que orava ia chegando mais fundo e me sobressaltou encontrar outro sentimento mais profundo ainda: verdadeira desesperança, uma convicção férrea de que jamais seria feliz ou estaria tranqüila. Agora poderia suportar tudo melhor, poderia me dedicar a uma causa nobre, mas nunca me sentiria realmente bem. Não merecia a felicidade. Achava que minha vida profundamente não era Nam-myoho-rengue-kyo, e sim tristeza.
Como podia ser, depois de tantos anos de prática, de trabalhar de todo coração para ajudar e incentivar aos outros? Para quê tinha praticado durante 20 anos?
Já assistiram esse filme?
Faz pouco voltei a descobrir uma citação de Nitiren Daishonin que creio ajuda a explicar como podemos nos sentir atacados inclusive depois de muitos anos de prática budista. Em “Resposta à mãe de Ueno” (ainda não traduzido ao português) descreve como é usada a madeira melhor e mais forte para construir um pagode, enquanto que a madeira de inferior qualidade é usada para o andaime temporário que é usado durante a construção. “Quando nos preparamos para construir um grande pagode”, escreve Daishonin, “o andaime é de grande importância. Mas uma vez que o pagode está terminado, então retira-se o andaime e dispensa-se. Este é o significado da passagem sobre de ‘descartar honestamente os meios oportunos’. Mesmo que o andaime seja necessário para terminar o pagode, ninguém sonharia jamais com descartar o pagode e venerar o andaime”. (Los Escritos de Nitiren Daishonin, pág. 1074).
Daishonin está explicando que o Sutra de Lótus é o grande pagode e que os outros ensinos constituem o andaime. Creio que podemos fazer uma analogia com a nossa vida: freqüentemente temos levantado um andaime de falsas crenças a respeito de nós mesmos e do mundo. Como sugere Daishonin, num determinado momento podem ter permitido erguer nossa vida. Inclusive a madeira do auto-menosprezo, do medo, da ira ou da arrogância podem ter nos ajudado a sobreviver em certo momento.
Como praticantes, temos construído o grande pagode de Nam-myoho-rengue-kyo na nossa vida; mas, como o demonstra a experiência que divido com vocês, pode ser que ainda estejamos aferrados ao andaime de falsas crenças. No meu caso era a profunda convicção de que nunca mereceria ser feliz.
Encontram alguma destas “madeiras inferiores” na sua vida?
Sou diferente de todos os outros. Ninguém me entende.
Não mereço triunfar e mesmo que triunfe, algo ruim irá acontecer.
As drogas e o álcool são a única maneira de escapar do que sinto.
Comer em excesso é a única forma de encher este buraco negro que tenho dentro.
Todos os que me rodeiam são (tontos, vingativos, estúpidos, egocêntricos, etc.).
As cartas que recebi para jogar não são boas. O melhor que posso esperar é simplesmente sobreviver. Talvez a próxima existência seja melhor.
Nunca terei um casamento feliz. Ninguém poderá me amar jamais.
Diminuir os outros é a única maneira de sentir-me melhor comigo mesmo.
Não importa fazer escolhas ruins referente a relações / dinheiro / o que for porque isso é o que mereço – ou porque essa é a única forma de chamar a atenção.
Sou um mal budista
Fracassei em tudo. A vida não faz sentido.
Após anos de prática, o pagode de nossa iluminação pode ser grande, mas o andaime que o obscurece tem ficado tanto tempo no seu lugar, que podemos não notá-lo mais. Este andaime que num determinado momento pode inclusive até nos ter protegido, na realidade acaba convertendo-se num prejuízo para a nossa felicidade. Se a iluminação quer dizer despertar ao fato de que somos o Buda, que a vida é incomensurável, então a nossa missão é abrir os olhos a todos os seres com respeito a este fato e vive-lo nós mesmos mediante nossa própria transformação. As crenças negativas profundas encontram-se em direta contradição com a verdade fundamental, iluminada, da vida.
A sabedoria do Gohonzon é que o pagode e o andaime não podem conviver facilmente. Uma vez que o pagode foi construído e o andaime continua em pé, sentimo-nos incomodados, seja vaga ou intensamente. Esse incômodo na realidade é um benefício. Nos diz que temos que refletir. Temos que perguntarmo-nos: “junto com a minha fé no poder da Lei Mística e do meu potencial de buda, ao mesmo tempo tenho uma visão distorcida da realidade mais profunda da minha vida?”. Podemos começar orando para perceber e para descartar este andaime de ilusão para que o grande pagode de nossa vida que temos construído fique visível sem obstruções. Isto exige coragem. Por outro lado, não dar esse passo, não avançar, é não ter benevolência porque quando damos um grande passo à frente, inspiramos a fazer o mesmo a uma quantidade inumerável de pessoas que nos rodeiam.
Se somos sérios a esse respeito, devemos perguntarmo-nos o que estamos dispostos a deixar de fazer. Estamos dispostos a desmanchar o andaime inferior que obscurece nossa vida essencial? Podemos deixar de castigar-nos ou de castigar aos outros? Podemos despertar da anestesia ou da negação?
Quando me dei contra a parede depois de 20 anos de pratica, tomei a decisão consciente de praticar a filosofia de Nitiren Daishonin, não a minha própria. No início, fingi. Li as escrituras de Daishonin “Sobre atingir o estado de Buda nesta vida” e “A torre do tesouro” para lembrar a mim mesma – convencer a mim mesma – de que era um Buda. Não acreditava mas repetia a mim mesma: “Minha vida é Nam-myoho-rengue-kyo. Sou um Buda e, portanto, tenho todo o poder de um Buda. Posso fazer surgir a sabedoria e o poder necessários para mudar meu problema. Serei feliz. Como Bodhisattva da Terra que sou, me corresponde ser feliz. Se me permitir. É a maneira como demonstrarei a veracidade da Lei”.
O presidente Ikeda da SGI tem dito, “Enquanto tiverem coragem, sabedoria e sinceridade, poderão converter tudo e todos em aliados mediante a arte da humanidade” (Pág.3, World Tribune, 30/11/01).
Coragem, sabedoria e sinceridade; estas são precisamente as qualidades que desenvolvemos quando saímos de nós mesmos uma e outra vez para ajudar a outros para praticar, quando desenvolvemos nossa humanidade. É por estes 20 anos de tentar ajudar a outros, que tive a coragem no momento crucial de olhar esta parte obscura do meu ser e que tive a força de converter o que mais me assustava – a crença profunda de nunca poder ser feliz – numa aliada para a minha iluminação.
O maior benefício é que, mediante esta experiência, conheci minha identidade essencial de Buda e que todas as pessoas e todas as situações compartilham esta identidade. E isto afeta todas as relações e todas as situações com as que me defronto. É a antítese da desesperança e da morte. Quer dizer que tudo é possível.
Considerem esta fórmula:
Determinem usar sua situação para converter-se em alguém que não duvida que Nam-myoho-rengue-kyo é o núcleo da sua vida, aconteça o que acontecer.
Orem assim: “como Bodhisattva da Terra, tenho o carma de passar por isto; portanto, tenho a missão de supera-lo e sair vencedor”. Nada iguala o poder da oração do daimoku.
Atuem na prática para os outros e para propagar este Budismo – para cumprir com a sua missão, aquela que só vocês podem cumprir.
Transformem o negativismo e reconheçam cada revés como um simples sucesso, que não é o símbolo da sua vida. Não se deixem vilipendiar pelo que ocorreu no passado. Usem cada situação para fazer surgir mais força, não para retroceder. Desmontem o andaime das crenças negativas.
O presidente Ikeda tem dito: “Uma pessoa pode ter toda a riqueza e os tesouros do mundo; mas desde a perspectiva da realidade última da vida, essas coisas não são mais do que meras ilusões… O mais importante é construir um palácio indestrutível de felicidade dentro de nossa vida… É experimentando obstáculos que podemos saborear a verdadeira alegria. É mediante os esforços que podemos crescer.”
Revelemos e saboreemos nosso grande pagode, nosso palácio da felicidade.
Obs. foi criado um título nesta matéria para facilitar a indexação no site, este site é pessoal, não oficial e seu conteúdo é meramente cultural/educacional sem finalidade lucrativa.
Uma mensagem de Matilda Buck, responsável da Divisão Feminina da SGI-USA -
tradução não oficial de Ariel Ricci aricci@estadao.com.br do artigo publicado no jornal da SGI-USA
Ultimamente, tenho falado com pessoas que chegaram a uma parede após mais de 20 anos de prática. A maioria das pessoas poderia pensar que depois de décadas de prática, a vida deveria estar plena de profunda satisfação. Creio que tudo o que experimentamos nos prepara para o passo seguinte; e sempre há um passo seguinte. O sei porque foi depois de 20 anos de prática – depois de ter realizado mudanças enormes na minha vida - que encontrei-me imersa numa tristeza impossível de negar. A tristeza profundamente enraizada que achei ter erradicado, só tinha ficado oculta.
Isso não era o pior; na medida que orava ia chegando mais fundo e me sobressaltou encontrar outro sentimento mais profundo ainda: verdadeira desesperança, uma convicção férrea de que jamais seria feliz ou estaria tranqüila. Agora poderia suportar tudo melhor, poderia me dedicar a uma causa nobre, mas nunca me sentiria realmente bem. Não merecia a felicidade. Achava que minha vida profundamente não era Nam-myoho-rengue-kyo, e sim tristeza.
Como podia ser, depois de tantos anos de prática, de trabalhar de todo coração para ajudar e incentivar aos outros? Para quê tinha praticado durante 20 anos?
Já assistiram esse filme?
Faz pouco voltei a descobrir uma citação de Nitiren Daishonin que creio ajuda a explicar como podemos nos sentir atacados inclusive depois de muitos anos de prática budista. Em “Resposta à mãe de Ueno” (ainda não traduzido ao português) descreve como é usada a madeira melhor e mais forte para construir um pagode, enquanto que a madeira de inferior qualidade é usada para o andaime temporário que é usado durante a construção. “Quando nos preparamos para construir um grande pagode”, escreve Daishonin, “o andaime é de grande importância. Mas uma vez que o pagode está terminado, então retira-se o andaime e dispensa-se. Este é o significado da passagem sobre de ‘descartar honestamente os meios oportunos’. Mesmo que o andaime seja necessário para terminar o pagode, ninguém sonharia jamais com descartar o pagode e venerar o andaime”. (Los Escritos de Nitiren Daishonin, pág. 1074).
Daishonin está explicando que o Sutra de Lótus é o grande pagode e que os outros ensinos constituem o andaime. Creio que podemos fazer uma analogia com a nossa vida: freqüentemente temos levantado um andaime de falsas crenças a respeito de nós mesmos e do mundo. Como sugere Daishonin, num determinado momento podem ter permitido erguer nossa vida. Inclusive a madeira do auto-menosprezo, do medo, da ira ou da arrogância podem ter nos ajudado a sobreviver em certo momento.
Como praticantes, temos construído o grande pagode de Nam-myoho-rengue-kyo na nossa vida; mas, como o demonstra a experiência que divido com vocês, pode ser que ainda estejamos aferrados ao andaime de falsas crenças. No meu caso era a profunda convicção de que nunca mereceria ser feliz.
Encontram alguma destas “madeiras inferiores” na sua vida?
Sou diferente de todos os outros. Ninguém me entende.
Não mereço triunfar e mesmo que triunfe, algo ruim irá acontecer.
As drogas e o álcool são a única maneira de escapar do que sinto.
Comer em excesso é a única forma de encher este buraco negro que tenho dentro.
Todos os que me rodeiam são (tontos, vingativos, estúpidos, egocêntricos, etc.).
As cartas que recebi para jogar não são boas. O melhor que posso esperar é simplesmente sobreviver. Talvez a próxima existência seja melhor.
Nunca terei um casamento feliz. Ninguém poderá me amar jamais.
Diminuir os outros é a única maneira de sentir-me melhor comigo mesmo.
Não importa fazer escolhas ruins referente a relações / dinheiro / o que for porque isso é o que mereço – ou porque essa é a única forma de chamar a atenção.
Sou um mal budista
Fracassei em tudo. A vida não faz sentido.
Após anos de prática, o pagode de nossa iluminação pode ser grande, mas o andaime que o obscurece tem ficado tanto tempo no seu lugar, que podemos não notá-lo mais. Este andaime que num determinado momento pode inclusive até nos ter protegido, na realidade acaba convertendo-se num prejuízo para a nossa felicidade. Se a iluminação quer dizer despertar ao fato de que somos o Buda, que a vida é incomensurável, então a nossa missão é abrir os olhos a todos os seres com respeito a este fato e vive-lo nós mesmos mediante nossa própria transformação. As crenças negativas profundas encontram-se em direta contradição com a verdade fundamental, iluminada, da vida.
A sabedoria do Gohonzon é que o pagode e o andaime não podem conviver facilmente. Uma vez que o pagode foi construído e o andaime continua em pé, sentimo-nos incomodados, seja vaga ou intensamente. Esse incômodo na realidade é um benefício. Nos diz que temos que refletir. Temos que perguntarmo-nos: “junto com a minha fé no poder da Lei Mística e do meu potencial de buda, ao mesmo tempo tenho uma visão distorcida da realidade mais profunda da minha vida?”. Podemos começar orando para perceber e para descartar este andaime de ilusão para que o grande pagode de nossa vida que temos construído fique visível sem obstruções. Isto exige coragem. Por outro lado, não dar esse passo, não avançar, é não ter benevolência porque quando damos um grande passo à frente, inspiramos a fazer o mesmo a uma quantidade inumerável de pessoas que nos rodeiam.
Se somos sérios a esse respeito, devemos perguntarmo-nos o que estamos dispostos a deixar de fazer. Estamos dispostos a desmanchar o andaime inferior que obscurece nossa vida essencial? Podemos deixar de castigar-nos ou de castigar aos outros? Podemos despertar da anestesia ou da negação?
Quando me dei contra a parede depois de 20 anos de pratica, tomei a decisão consciente de praticar a filosofia de Nitiren Daishonin, não a minha própria. No início, fingi. Li as escrituras de Daishonin “Sobre atingir o estado de Buda nesta vida” e “A torre do tesouro” para lembrar a mim mesma – convencer a mim mesma – de que era um Buda. Não acreditava mas repetia a mim mesma: “Minha vida é Nam-myoho-rengue-kyo. Sou um Buda e, portanto, tenho todo o poder de um Buda. Posso fazer surgir a sabedoria e o poder necessários para mudar meu problema. Serei feliz. Como Bodhisattva da Terra que sou, me corresponde ser feliz. Se me permitir. É a maneira como demonstrarei a veracidade da Lei”.
O presidente Ikeda da SGI tem dito, “Enquanto tiverem coragem, sabedoria e sinceridade, poderão converter tudo e todos em aliados mediante a arte da humanidade” (Pág.3, World Tribune, 30/11/01).
Coragem, sabedoria e sinceridade; estas são precisamente as qualidades que desenvolvemos quando saímos de nós mesmos uma e outra vez para ajudar a outros para praticar, quando desenvolvemos nossa humanidade. É por estes 20 anos de tentar ajudar a outros, que tive a coragem no momento crucial de olhar esta parte obscura do meu ser e que tive a força de converter o que mais me assustava – a crença profunda de nunca poder ser feliz – numa aliada para a minha iluminação.
O maior benefício é que, mediante esta experiência, conheci minha identidade essencial de Buda e que todas as pessoas e todas as situações compartilham esta identidade. E isto afeta todas as relações e todas as situações com as que me defronto. É a antítese da desesperança e da morte. Quer dizer que tudo é possível.
Considerem esta fórmula:
Determinem usar sua situação para converter-se em alguém que não duvida que Nam-myoho-rengue-kyo é o núcleo da sua vida, aconteça o que acontecer.
Orem assim: “como Bodhisattva da Terra, tenho o carma de passar por isto; portanto, tenho a missão de supera-lo e sair vencedor”. Nada iguala o poder da oração do daimoku.
Atuem na prática para os outros e para propagar este Budismo – para cumprir com a sua missão, aquela que só vocês podem cumprir.
Transformem o negativismo e reconheçam cada revés como um simples sucesso, que não é o símbolo da sua vida. Não se deixem vilipendiar pelo que ocorreu no passado. Usem cada situação para fazer surgir mais força, não para retroceder. Desmontem o andaime das crenças negativas.
O presidente Ikeda tem dito: “Uma pessoa pode ter toda a riqueza e os tesouros do mundo; mas desde a perspectiva da realidade última da vida, essas coisas não são mais do que meras ilusões… O mais importante é construir um palácio indestrutível de felicidade dentro de nossa vida… É experimentando obstáculos que podemos saborear a verdadeira alegria. É mediante os esforços que podemos crescer.”
Revelemos e saboreemos nosso grande pagode, nosso palácio da felicidade.
Obs. foi criado um título nesta matéria para facilitar a indexação no site, este site é pessoal, não oficial e seu conteúdo é meramente cultural/educacional sem finalidade lucrativa.
Há uma explicação científica para a prática da fé
Há uma explicação científica para a prática da fé
Poderia explicar cientificamente o efeito produzido sobre uma pessoa quando recita o Nam-Myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon?
Antes de mais nada, recitar o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon é uma "conversação" entre a energia que existe intrinsecamente na vida do universo e na do homem; um fenômeno de interação entre a vida individual e a vida universal. A compreensão da vida humana não é total no estágio atual da ciência mas, se esta se desenvolver de maneira notável poderá explicar parcial e teoricamente o fenômeno "vida". Neste plano, há o que se chama de ritmo biológico: todos os seres vivos tem um ritmo constante que lhes é próprio e que se harmoniza com o da natureza.
Em sua obra intitulada Argumento Geral sobre a Medicina, o Dr. Sawagata, da Universidade de Osaka, diz: "Cada um possui em si sua própria vida, que é por consegüinte a razão de ser de sua individualidade. Em outras palavras, a vida parece uma onda que é parte integrante do imenso oceano da vida universal... Diz-se que é preciso dar a força da vida à cada homem, mas isso deve despertar nele a consciência da existência desta grande vida da qual cada vida é um elemento."
Esta frase explica que cada ser vivo possui um ritmo constante e próprio harmonizando-se com o da natureza.
O aspecto real da vida humana é de um lado, possuir a unidade interior animada por este ritmo biológico que se pode qualificar de "força motriz" e, de outro lado, desdobrar uma força ativa com respeito ao mundo exterior. Quando se busca em profundidade a razão de ser da vida e a fonte original da energia vital, pode-se chegar à concepção da vida do Universo. Eis o que é a filosofia da Lei Budista.
Por outro lado, a energia-vital, que brota da fonte original e criadora da vida do universo, possuiu sempre a força motriz e a força da ação. Estas duas forças são capazes forte e rapidamente, de ampliar o ritmo da vida ao nível do universo; seguramente, no Gohonzon, esconde-se a energia fundamental da vida que enche este universo. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é o meio de prática a fim de provocar uma ligação com o Gohonzon, em nível de ação humana. E é por isso que quando se pratica diante do Gohonzon empenhando todo o ser, a corrente da vida original do universo penetra na vida humana, fortificando a força motriz e a força da ação que aí existem intrinsecamente, dando-lhes o caráter de forças positivas. Por assim dizer, a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo tem por finalidade captar a energia original da vida do universo instaurando firmemente o ritmo da Lei Mística na vida humana. Em conseqüência, fortificando estas duas forças, uma boa saúde poderá ser adquirida graças à harmonia física do corpo adaptando-se bem ao ritmo da natureza.
Por outro lado, no domínio espiritual, poder-se-á manter um discernimento perfeitamente rigoroso e um raciocínio claro. Segundo a experiência médica, é possível por exemplo, pela audição contínua de um certo som, provocar a mudança do PH no sangue, acarretando assim uma modificação favorável ou desfavorável no corpo. Portanto, pela recitação do Daimoku, e graças ao seu ritmo harmonioso, pode-se favoravelmente manter o sangue a um grau de PH que convenha à vida.
Os músicos dizem que o Daimoku possui o compasso a 6/8, considerado um dos mais agradáveis. Pode-se dizer que o ritmo de Daimoku é, de modo notável, ao mesmo tempo o ritmo da natureza e o ritmo da vida humana.
Por outro lado, sobressai do estudo da psicossomática que o corpo e o espírito associam-se estreita e mutuamente. Numerosas experiências provem a possibilidade de se obter a felicidade através da força vital fortificada, no domínio físico e espiritual, pela recitação do Daimoku.
Se consideramos como "científica" a lei da causalidade, não se poderia dizer que a recitação do Daimoku dá formalmente a prova real, quaisquer que sejam as épocas, o lugar e a raça? E também que Nam-myoho-rengue-kyo inscrito por Nitiren Daishonin é uma lei: a mais científica das leis?
Texto redigitado a partir do artigo publicado na Revista Terceira Civilização - década de 80.
Preciosa Colaboração deAna Paula L. Prange apprange@gbl.com.br Rio de Janeiro - RJ
Poderia explicar cientificamente o efeito produzido sobre uma pessoa quando recita o Nam-Myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon?
Antes de mais nada, recitar o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon é uma "conversação" entre a energia que existe intrinsecamente na vida do universo e na do homem; um fenômeno de interação entre a vida individual e a vida universal. A compreensão da vida humana não é total no estágio atual da ciência mas, se esta se desenvolver de maneira notável poderá explicar parcial e teoricamente o fenômeno "vida". Neste plano, há o que se chama de ritmo biológico: todos os seres vivos tem um ritmo constante que lhes é próprio e que se harmoniza com o da natureza.
Em sua obra intitulada Argumento Geral sobre a Medicina, o Dr. Sawagata, da Universidade de Osaka, diz: "Cada um possui em si sua própria vida, que é por consegüinte a razão de ser de sua individualidade. Em outras palavras, a vida parece uma onda que é parte integrante do imenso oceano da vida universal... Diz-se que é preciso dar a força da vida à cada homem, mas isso deve despertar nele a consciência da existência desta grande vida da qual cada vida é um elemento."
Esta frase explica que cada ser vivo possui um ritmo constante e próprio harmonizando-se com o da natureza.
O aspecto real da vida humana é de um lado, possuir a unidade interior animada por este ritmo biológico que se pode qualificar de "força motriz" e, de outro lado, desdobrar uma força ativa com respeito ao mundo exterior. Quando se busca em profundidade a razão de ser da vida e a fonte original da energia vital, pode-se chegar à concepção da vida do Universo. Eis o que é a filosofia da Lei Budista.
Por outro lado, a energia-vital, que brota da fonte original e criadora da vida do universo, possuiu sempre a força motriz e a força da ação. Estas duas forças são capazes forte e rapidamente, de ampliar o ritmo da vida ao nível do universo; seguramente, no Gohonzon, esconde-se a energia fundamental da vida que enche este universo. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é o meio de prática a fim de provocar uma ligação com o Gohonzon, em nível de ação humana. E é por isso que quando se pratica diante do Gohonzon empenhando todo o ser, a corrente da vida original do universo penetra na vida humana, fortificando a força motriz e a força da ação que aí existem intrinsecamente, dando-lhes o caráter de forças positivas. Por assim dizer, a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo tem por finalidade captar a energia original da vida do universo instaurando firmemente o ritmo da Lei Mística na vida humana. Em conseqüência, fortificando estas duas forças, uma boa saúde poderá ser adquirida graças à harmonia física do corpo adaptando-se bem ao ritmo da natureza.
Por outro lado, no domínio espiritual, poder-se-á manter um discernimento perfeitamente rigoroso e um raciocínio claro. Segundo a experiência médica, é possível por exemplo, pela audição contínua de um certo som, provocar a mudança do PH no sangue, acarretando assim uma modificação favorável ou desfavorável no corpo. Portanto, pela recitação do Daimoku, e graças ao seu ritmo harmonioso, pode-se favoravelmente manter o sangue a um grau de PH que convenha à vida.
Os músicos dizem que o Daimoku possui o compasso a 6/8, considerado um dos mais agradáveis. Pode-se dizer que o ritmo de Daimoku é, de modo notável, ao mesmo tempo o ritmo da natureza e o ritmo da vida humana.
Por outro lado, sobressai do estudo da psicossomática que o corpo e o espírito associam-se estreita e mutuamente. Numerosas experiências provem a possibilidade de se obter a felicidade através da força vital fortificada, no domínio físico e espiritual, pela recitação do Daimoku.
Se consideramos como "científica" a lei da causalidade, não se poderia dizer que a recitação do Daimoku dá formalmente a prova real, quaisquer que sejam as épocas, o lugar e a raça? E também que Nam-myoho-rengue-kyo inscrito por Nitiren Daishonin é uma lei: a mais científica das leis?
Texto redigitado a partir do artigo publicado na Revista Terceira Civilização - década de 80.
Preciosa Colaboração deAna Paula L. Prange apprange@gbl.com.br Rio de Janeiro - RJ
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