"Quando sua determinação muda, tudo o mais começa a se mover

em direção ao seu desejo".

20 de mai. de 2011

água molha, fogo queima e Daimoku resolve

tenho saudades das orientações  do sr.CLAUDIO MARTUCCI

Como é que eu faço?

19 DE AGOSTO DE 2000 — EDIÇÃO Nº 1568

Nas andanças pela organização, encontramos pessoas que estão sempre em busca da fórmula mágica para receber benefícios mais rapidamente. E rolam perguntas do tipo: “Como é que eu devo pedir?”, “Estou pedindo assim, tá certo?”. Além de sermos questionados sobre os poderes miraculosos do “Gongyo da hora do boi e do tigre”, “Daimoku de Kamakura”, “Daimoku das sete noites” etc.

E isso sem contar a turminha que aparece com

“orações silenciosas que resolvem com mais eficácia” que as oficiais. Tem de tudo! A variedade das orações silenciosas a serem feitas no momento dos pedidos é tão rica e algumas são tão detalhadas que demoramos mais em sua leitura do que na leitura completa do sutra. São obras-primas surgidas ninguém sabe de onde, mas que evocam tudo quanto é deus budista, bodhisattva, tudo em nome de uma facilidade inexistente nos textos e ensinos budistas.

Tem gente que faz dois Gongyo pela manhã e três à noite. Tem gente que dispensa o Gongyo na maior caradura, dizendo: “Após várias pesquisas, concluí que fazendo somente Daimoku já tá bom demais”, ou “De manhã faço só o Hoben e Jigague e à noite faço o Juryo”. Isso sem contar com o Daimoku Sansho completo (mas que raios vem a ser esse Daimoku Sansho completo?).

Bom, tem de tudo. Mas o que eu aprendi estudando o budismo é que não existe fórmula mágica, nem oração silenciosa especial, nem Daimoku diferente. Devemos praticar da forma como foi estabelecida pelo Buda Original Nitiren Daishonin, e como nosso mestre e todos os membros da SGI o fazem. Nada de mistério. Vamos no trivial, as cinco orações do Gongyo de manhã, as três orações à noite e a recitação da maior quantidade de Daimoku possível.

O que vale mais, a quantidade ou a qualidade? Aprendi a desafiar com vontade ou sem vontade. Em resumo, água molha, fogo queima e Daimoku resolve. O resto é resto. Em uma de suas orientações, o presidente Ikeda disse: “Faz parte da natureza humana pensar em si próprio. O importante é orarmos diante do Gohonzon da forma como somos. Se nos apresentarmos com um ar arrogante, mostramos um falso eu. O Gohonzon não responde a mentiras.” (Brasil Seikyo, edição nº 1.560, 17 de junho de 2000, pág. 4.)

Outras perguntas campeãs: “É válido fazer Daimoku no ônibus?”, ou “É válido fazer Daimoku no serviço?”. Vejam que interessante. O mestre diz: “O importante é orarmos diante do Gohonzon.” Nunca foi dito que não é válido fazer Daimoku no ônibus, mas também nunca li que devemos orar olhando firmemente para a nuca do motorista, olhando fixamente para a tela do computador etc. O importante é desafiar diariamente a recitação diante do Gohonzon. O Daimoku realizado além disso já fic a no lucro. O que estou tentando dizer é que faça Daimoku onde quiser, mas não acostume a fazer só o Daimoku Sansho diante do Gohonzon e o resto do jeito que der. Acorde mais cedo, durma mais tarde, mas desafie a orar diante do Gohonzon. Então, com certeza, comprovará as seguintes palavras do Mestre: “Nós praticamos uma fé que nenhuma oração fica sem ser respondida. Em primeiro lugar, precisamos ter convicção nisso. No entanto, haverá ocasiões em que nossas orações serão respondidas e outras em que isso não ocorrerá. Mas, enquanto continuarmos a recitar Daimoku, no final tudo seguirá a melhor direção possível. Isso fica claro quando depois olhamos para trás. (Ibidem.)



Cláudio Roman Marttuci Coordenador da Divisão dos Adultos da BSGI


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